Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Santos, Augusto Ventura dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-01032016-155738/
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Resumo: |
A partir do começo dos anos 2000, verifica-se um aumento significativo da demanda de populações indígenas residentes no Brasil pelo ingresso na universidade. Este debate de importância crescente vem trazendo questões valiosas para as políticas afirmativas interessadas na democratização do ensino superior no país. A presente dissertação visa contribuir com esse ramo de discussões através do exame etnográfico de experiências de duas populações indígenas em universidades do Mato Grosso do Sul: os Terena e os Kaiowá-Guarani. De um lado, busca acompanhar redes de relações envolvidas na participação massiva de estudantes terena em cursos regulares de universidades públicas da região. De outro, procura descrever experiências do cotidiano do Teko Arandu, licenciatura indígena que tem engajado centenas de professores Kaiowá e Guarani. A descrição etnográfica da pluralidade de práticas e reflexões de cada caso aponta para a existência de modos de conhecimento e modos de vida próprios, que se atualizam de maneira muito singular no contexto universitário. Assim, ingressar no ensino superior parece estar ligado a uma disposição muito própria dos Terena de ir em busca de melhores e mais amplas posições no mundo lá fora, adensando suas articulações, fazendo valer seu protagonismo e imprimindo sua conduta particular. O Teko Arandu, por sua vez, parece constituir uma das importantes alternativas no bojo das quais os Kaiowá e Guarani vêm buscando o fortalecer o ñande reko (nosso sistema); alternativas que envolvem experimentações e conexões criativas com tecnologias do karai reko, sistema dos brancos. |