Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Du Kiddy Artivista |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27157/tde-21012025-181640/
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Resumo: |
A presente dissertação traz uma análise musicológica harmônico-rítmico-melódica e política, feita de forma racializada e embasada na significação musical, do Canto de Xangô, gravado no disco Os Afrosambas de Baden Powell e Vinicius de Moraes, em 1966. O objetivo da análise é elencar as estruturas que edificam o simulacro colonial e mostrar os processos de violência, distorções de identidade, apagamento e racismos construídos dentro da canção e que distorcem a construção ancestral do rei mítico, herói civilizador e feiticeiro, o orixá Xangô. A negritude do personagem da música Canto de Xangô é feita de forma incongruente e sem aprofundamento de consciência sobre a sua condição, gerando características que diferem daquelas elaboradas através dos séculos no continente africano, na diáspora, e, principalmente, no Brasil, através das comunidades tradicionais de terreiro e dentro dos candomblés Nagô-Ketu, no que concerne ao orixá Xangô e sua negritude. A análise aprofundada da obra revela novas características políticas dentro do campo da musicologia e também escolhas da época em que a música foi composta e gravada por Baden Powell e Vinicius de Moraes, revelando caminhos ocultados trazidos para o debate político racial através da significação musical, feita de forma afrorrerenciada. |