Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Meneses, Marcele Pedrotti Dutra |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/1216
|
Resumo: |
A investigação visa compreender a circulação e a prática musical das companhias líricas entre 1850 e 1880, no contexto do projeto civilizatório existente no século XIX, na rota das cidades do Rio de Janeiro, Desterro e Rio Grande. A pesquisa é de caráter documental e utiliza como fonte os jornais da época, que são um meio comunicação do cotidiano com notícias sobre as atividades culturais e políticas, que carregam questões ideológicas. No Brasil, durante a segunda metade do século XIX, existia um circuito de companhias líricas que se deslocavam em navios a vapor e paquetes pela costa marítima e desembarcavam em diversos portos do país. As apresentações eram realizadas em teatros, que no Segundo Império (1840-1889) eram considerados espaços de civilidade dentro dos moldes europeus, em termos do processo civilizatório. A relação do teatro lírico e o processo civilizatório no século XIX é refletida a partir de conceitos sobre o comportamento, normas de conduta, controle e organização social do autor Norbert Elias (1994; 2001), tópicos que são utilizados para se compreender a centralização no gosto do Imperador e da Corte durante o Segundo Império. Assuntos encontrados durante a passagem dessas formações nas cidades pesquisadas foram discutidos, como: gestão da companhia, a venda dos ingressos, repertório, recepção e gosto musical, e as crônicas serão tratadas a partir do conceito da pragmática do gosto de Antoine Hennion (2011). A relação dos músicos locais/residentes com o circuito musical também foi abordada, tendo em vista o repertório executado e sua atuação como artista na cidade. O conceito de circuito parte da ideia de Vermes (2016) para a contextualização sobre os elementos que são delineados a partir dele. O circuito musical foi considerado nesta pesquisa como indústria, comércio e arte, e seu estudo permite compreender as conexões artísticas, culturais, políticas e as interligações entre as cidades em questão. |