Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Silva, Marcelo Vitale Teodoro da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8161/tde-27032019-170741/
|
Resumo: |
A presente pesquisa apresenta a importância histórica da população negra no bairro da Penha de França, discorrendo especialmente sobre as formas de sociabilidade, lazer, organização política e suas estratégias de luta contra o racismo nas primeiras décadas do século XX. Demonstra-se como os integrantes das organizações negras do bairro, sobretudo as carnavalescas e os times futebol, travaram relações e conexões com outras agremiações negras da cidade de São Paulo, delineando trânsitos negros pela cidade, bem como compartilhando projetos de enaltecimento da população negra e de suas respectivas memórias. Evidenciando, concomitantemente, como as sociabilidades em torno das festas da Irmandade de São Benedito, assim como a Nossa Senhora do Rosário e Nossa Senhora da Penha, também se constituíram como espaços fundamentais das experiências negras no bairro. Para tanto, debruçou-se sobre fontes como jornais, obras memorialísticas e relatos de família, fotografias e materiais cartográficos com o fito de evidenciar a partir dos trajetos das famílias negras, valores, musicalidades, bailes e dimensões coletivas das experiências constituídas pelas populações negras na Penha de França. Todas essas dimensões possibilitaram a compreensão da Penha de França como um território negro, onde as experiências socioculturais da população negra vinculavam-se às associações negras de bairros como o Bexiga, Liberdade e Barra Funda, permitindo visualizar a conformação de redes negras e seus processos de lutas antirracistas na cidade de São Paulo no pós-abolição. |