Da invisibilidade à resistência : mulheres negras e a vida afrocentrada como potência de cuidado no território

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Martins, Luana Ramalho
Orientador(a): Gerhardt, Tatiana Engel
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/252744
Resumo: Esta dissertação aborda as dinâmicas do paradigma afrocentrado como potência de cuidado na vida de mulheres negras em territórios majoritariamente brancos, como Venâncio Aires, no interior do estado do Rio Grande do Sul. Por meio deste trabalho busco compreender como esses corpos de mulheres negras vivem em meio a diferenças culturais e olhares opressores na construção da sua identidade, etnicidade, corporeidade, bem como de que forma se compreendem enquanto pertencentes àquele território e como fazem para proteger suas subjetividades e produzir relações de cuidado de si, e consequentemente saúde. Para acessar as respostas a tais indagações, realizei entrevistas não-diretivas, baseada na abordagem metodológica da História de Vida Focal, com 3 mulheres negras, residentes e naturais do cenário em questão. Para esse percurso metodológico tive auxílio de ferramentas como observação participante, meu diário de campo e as fotografias resgatadas e geradas pelas mulheres que participaram deste estudo. Todos os materiais foram analisados de forma interpretativa e as imagens através da sociologia das imagens. Como resultado deste estudo pude perceber a expressão de formas de dominação racial, como as imagens de controle tem efeito direto e de forma consistente nas existências de mulheres negras, bem como tais processos são reiterados por barreiras raciais promovidas pelo território. Mas também me aproximei da magnitude que há na construção de algumas estratégias e possibilidades de proteção da vida e subjetividades neste cenário, como a composição de coletividades afrocentradas e potencializadoras do cuidado; as buscas pela ancestralidade como forma de reconhecimento e manutenção das torrentes de vida; e o autocuidado como um processo coletivo de preservação de si, dos seus e da sua própria cultura.