Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Almeida, Kellen Freitas Silva de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5151/tde-03072020-170346/
|
Resumo: |
Introdução: Em recém-nascidos prematuros (RNPT), as taxas de mortalidade atribuíveis à persistência do canal arterial (PCA) são maiores. A sobrecarga de volume aumenta o consumo de oxigênio das células miocárdicas, criando um desequilíbrio de oferta e demanda que afeta negativamente a função do ventrículo esquerdo (VE). Anormalidades na deformação miocárdica já foram identificadas como marcadores precoces de disfunção ventricular em crianças e adultos, mas pouco se sabe sobre RNPT. Objetivos: Analisar as medidas de deformação miocárdica do VE através da técnica do Speckle Tracking bidimensional (2DSTE) em RNPT, comparando as medidas de strain e strain rate (SR) de pico sistólico em RNPT com e sem PCA, bem como avaliar a viabilidade e a reprodutibilidade do 2DSTE para analisar a deformação miocárdica do VE nesta população de RNPT. Métodos: Foi utilizado o 2DSTE para determinar as medidas de strain e SR de pico sistólico do VE nos eixos longitudinal, radial e circunferencial, em RNPT com <= 34 semanas de idade gestacional, entre 24 e 72 horas de vida, comparando esses parâmetros em três grupos: Grupo I (n = 21) com PCA hemodinamicamente significante (PCAhs), Grupo II (n = 14) com PCA sem significância hemodinâmica e Grupo III (n = 30) sem PCA. Para testar a reprodutibilidade intraobservador e interobservador das medidas de deformação foram utilizados o teste de coeficiente de correlação intraclasses e o teste de Bland-Altman. Resultados: Dos 85 RNPT elegíveis, as medidas de deformação miocárdica foram adequadas para o estudo em 65 pacientes (76%). O strain de pico sistólico longitudinal foi significativamente maior no Grupo I = -19,0% (-9,1% a -26,6%), quando comparado com Grupo II = -15,3% (-8,0% a -20,0%) e Grupo III = -12,7% (-7,0% a -18,0%); P < 0,001. Os valores médios do strain de pico sistólico radial também foram maiores no Grupo I = 23,5% ± 10,0% quando comparados com Grupo II = 20% ± 8,1% e Grupo III = 18,0% ± 4,3%; P = 0,04, bem como a mediana do strain de pico sistólico circunferencial = -18,0% (-10,0% a -31,0%), -15,9% (-11,0% a -27,0%) e -12,6% (-12,0% a -24,8%) respectivamente; P < 0,001. Os pacientes do grupo I apresentaram todos os valores de SR significativamente maiores quando comparados com os grupos II e grupos III. SR de pico sistólico longitudinal = -1,9s-1 ± 0,4s-1; -1,4s-1 ± 0,4s-1 e -1,3s-1 ± 0,2 s-1-, respectivamente; P = 0.005; SR de pico sistólico radial = 2,9s-1 (1,0s-1 a 4,5s-1), 2,2s-1 (1,4s-1 a 4,2s-1) e 1,9s-1 (1,3s-1 a 3,6s-1), respectivamente; P = 0,007 e SR de pico sistólico circunferencial = -2,2s-1 ± 0,6s-1 vs -1,8s-1 ± 0,4s-1 vs -1,5s-1 ± 0,38s-1, respectivamente; P = 0,004. As análises intra e interobservador não apresentaram viés significativo, apresentando coeficientes de correlação > 0,8 em todos os parâmetros estudados. Conclusões: O presente estudo evidenciou que as medidas de strain e SR de pico sistólico longitudinal, radial e circunferencial são significativamente maiores em RNPT com PCAhs. Além disso, comprovou que a análise da deformação miocárdica através da técnica de 2DSTE é viável e reprodutível em RNPT <= 34 semanas de idade gestacional |