Componente de interação binaural nos potenciais evocados auditivos em indivíduos pós AVC isquêmico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Rosa, Bárbara Camilo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-12112019-183148/
Resumo: O objetivo do estudo foi caracterizar o componente de interação binaural nos potenciais evocados auditivos de curta, média e longa latência em indivíduos com lesão isquêmica após acidente vascular cerebral. Trata-se de um estudo clínico descritivo do tipo transversal. Participaram do estudo 18 indivíduos adultos e idosos distribuídos em dois grupos: 1) nove indivíduos com diagnóstico de acidente vascular cerebral isquêmico confirmado por meio de exame de imagem, com tempo de lesão entre três e 24 meses; 2) nove indivíduos sem histórico de doenças neurológicas e otológicas permanentes, traumas ou problemas psiquiátricos, equiparados quanto a idade e sexo para compor o grupo controle. Para tanto, foi realizada inicialmente avaliação audiológica convencional composta por meatoscopia, por audiometria tonal liminar, por logoaudiometria e por medidas da imitância acústica. Posteriormente, foi realizada a pesquisa do componente de interação binaural por meio dos potenciais evocados auditivos de curta, média e longa latência obtidos com os estímulos clique e fala nas condições mono e binaural. A reprodutibilidade dos registros obtidos foi analisada por meio do coeficiente de correlação de concordância de Lin. A estatística foi composta por análise descritiva realizada por meio da média dos registros, na qual foi realizado o cálculo aritmético da resposta binaural menos a soma das respostas monoaurais direita e esquerda para obtenção do componente de interação binaural em cada potencial. O cálculo da interação máxima foi realizado por meio do valor da amplitude obtida do componente de interação binaural dividido pela amplitude da soma das respostas monoaurais, sendo em seguida multiplicado por 100. A estatística inferencial foi realizada por meio do teste t para o potencial evocado auditivo de curta latência e por meio da análise de variância (ANOVA) de dois fatores para os potenciais de média e longa latência, sendo considerado o nível de significância de 5%. Os resultados obtidos verificaram a presença do componente de interação binaural em todos os potenciais evocados auditivos tanto no grupo estudo quanto no grupo controle. Não houve diferença significativa entre os grupos controle e estudo para a interação máxima nos componentes dos potenciais evocados auditivos de curta, média e longa latência. Contudo, quando amplitude e morfologia foram comparadas ao grupo controle, foi possível observar uma redução na amplitude e uma morfologia prejudicada do componente de interação binaural, principalmente nos potenciais evocados auditivos de média e longa latência no grupo estudo. Conclui-se que o presente estudo demonstrou que o componente de interação binaural pode ser observado ao longo da via auditiva por meio dos potenciais evocados auditivos de curta, média e longa latência em indivíduos com lesão cerebral após acidente vascular cerebral.