A tuberculose no interior das famílias: uma análise sobre conhecimento, atitudes e estigma social relacionados à doença

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Popolin, Marcela Paschoal
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-09012014-103257/
Resumo: O estudo teve por objeto analisar o conhecimento, atitudes e estigma social relacionados à tuberculose em famílias de pacientes diagnosticados com essa doença, em Ribeirão Preto, SP. Trata-se de estudo epidemiológico analítico, de corte transversal, com amostragem do tipo probabilística, constituído por 110 familiares e coabitantes de pacientes de tuberculose diagnosticados entre 1 de janeiro de 2010 e 31 de julho de 2011. A coleta de dados ocorreu mediante entrevistas nos domicílios com um instrumento pré-testado na população de estudo entre 25 de julho e 31 de agosto de 2011. No plano de análise, foram contempladas a análise univariada com medidas de frequência, de posição e de dispersão; a análise bivariada, com dicotomização das variáveis dependentes e independentes, sendo aplicado o teste qui-quadrado para verificar a associação entre as mesmas. Foram calculados os Odds Ratio com respectivos intervalos de confiança de 95%. Adotou-se a probabilidade de erro tipo I de 5%. Procedeu-se, também, à regressão logística binária para identificar possíveis variáveis explicativas para o conhecimento sobre tuberculose nas famílias. Complementarmente, a autoria considerou as técnicas estatísticas analíticas de agrupamento por níveis hierárquicos e de correspondência múltipla. Especialmente, essas últimas foram aplicadas de forma simultânea para identificar perfis de famílias em relação ao estigma social. A maioria dos participantes foi composta pelo sexo feminino (n=85; 77,3%), com idade entre 39 e 59 anos (n=50; 45,4%) e ensino fundamental incompleto (n=58; 52,7%). Os resultados evidenciam que a escolaridade (Odds Ratio ajustado: 4,39; IC 95%: 1,11-17,35; p: 0,035), assistir televisão (Odds Ratio ajustado: 3,99; IC95%: 1,20-13,26; p: 0,024) e acessibilidade à internet (Odds Ratio ajustado: 5,01; IC95%: 1,29-19,38, p:0,019) foram variáveis que explicam o conhecimento das famílias. No tocante ao estigma social, quatro grupos foram identificados quando aplicados as análises de agrupamentos por níveis hierárquicos e correspondência múltipla. Verificou-se que dois grupos apresentaram o estigma social enquanto outros dois não apresentaram. Os dois primeiros grupos se caracterizaram com níveis escolares mais inferiores, acessibilidade incipiente aos meios de informação e pouca mobilização para a compreensão da doença. Os resultados denotaram que a tuberculose tem afligido grupos com maior vulnerabilidade social, demonstrando menos conhecimento sobre a doença e comportamentos mais estigmatizantes e de segregação.