Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Gomes, Maria Gabriela Junqueira Pernambuco Barboza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17148/tde-25082009-120752/
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Resumo: |
A Interconsulta Psiquiátrica é considerada uma área da Psiquiatria, que trabalha no Hospital Geral compondo uma equipe (Psiquiatria de Ligação) ou prestando seus serviços a uma equipe solicitante (Consultoria Psiquiátrica). O Serviço de Interconsulta em Psiquiatria (SIP) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP-USP) teve início em março de 1978 e a Terapia Ocupacional passou a integrar esta equipe em 1999. O cotidiano hospitalar tem uma marca própria com obrigações como usar vestimentas, ter horários previamente estabelecidos para se alimentar, para cuidar de sua higiene e para receber visitas, inclusive dos familiares. Os terapeutas ocupacionais, como profissionais que lidam com o cotidiano do indivíduo, têm sido inseridos nas equipes multiprofissionais do Hospital Geral, contribuindo com seus conhecimentos teóricos e técnicos específicos para cuidar de pessoas hospitalizadas. Apesar das várias funções que a Terapia Ocupacional (TO) pode exercer no Serviço de Interconsulta, existe escassez de estudos publicados sobre o perfil sócio-demográfico dos pacientes atendidos, o que prejudica o planejamento de ações e o levantamento da necessidade de recursos humanos para aquele Serviço. O objetivo deste trabalho foi realizar um estudo retrospectivo dos Pedidos de Interconsulta (PIs) para a TO do Serviço de Interconsulta em Saúde Mental (SISMen) do HCFMRP - USP no período de janeiro de 2000 a dezembro de 2005. Os sujeitos foram os indivíduos que estiveram internados nas enfermarias do campus do hospital universitário e para quem foi solicitada a assistência do Serviço de TO naquele período, perfazendo um total de 633 pacientes e 709 PIs. Os dados foram coletados mediante consulta dos PIs e dos prontuários dos pacientes. A maioria dos sujeitos consultados foi do sexo feminino, com ensino fundamental incompleto e houve distribuição equilibrada entre os solteiros e casados. Quanto à idade e à situação laboral, a média de idade dos pacientes foi de 39,2 anos e a maioria deles era autônoma ou aposentada, seguida de dona de casa. Verificou-se que a Clínica Médica foi a responsável por mais do que um terço dos Pedidos de Interconsulta feitos para o Serviço de TO, seguida das clínicas Unidade Metabólica e Psiquiatria respectivamente; o tempo médio de internação dos pacientes encaminhados para esse Serviço foi de 51 dias, sendo que a média de internação no HCFMRP-USP foi de 6,4 dias. Consequentemente, o gasto desses pacientes variou entre uma e 2,4 vezes mais do que os pacientes internados nesta instituição. A taxa média de encaminhamento para a TO do SISMen foi de 0,5%, sendo que o motivo de solicitação mais freqüente esteve relacionado aos aspectos emocionais do indivíduo, seguido por fatores referentes à hospitalização. Estes dados, de modo geral, estão de acordo com a literatura nacional e internacional dos SIPs. Concluiu-se que há necessidade de um instrumento padronizado para avaliar a população atendida pelo Serviço de Interconsulta de TO e que alguns pontos merecem estudos mais detalhados como a possibilidade de existência de associações entre dados sócio-demográficos e clínicos e o encaminhamento dos pacientes para esse Serviço. |