A transferência e a ação educativa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: Monteiro, Elisabete Aparecida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-20092012-114502/
Resumo: A discussão que emerge da Psicanálise acerca da impossibilidade de educação aponta para os limites existentes na ação educativa, permitindo-nos refletir, através do vínculo com a noção de transferência, sobre o que se convencionou chamar de \"relação professor-aluno\". Os educadores nem sempre percebem que a educação não se limita à realidade externa, uma vez que os personagens dessa suposta relação estão mergulhados na realidade transferencial. Compreendemos a pretensa relação professor-aluno como o núcleo onde se de-senvolve a educação propriamente dita. No entanto, aquilo que a Pedagogia atual vislumbra como previsão e controle dos efeitos dessa \"relação\", a saber, o domínio do conhecimento científico sobre o desenvolvimento das capacidades maturacionais e o ajuste da prática do educador à realidade psicológica de cada aluno, opõe-se ao caráter imprevisível inerente à ação educativa. Uma vez submetidos às \"leis\" do inconsciente, os efeitos do encontro entre professor e aluno estão além de qualquer previsão e controle. O que nos deve interessar, então, é a compreensão da origem desses efeitos. E é isso que o conceito de transferência vem esclarecer.