Análise comparativa entre articaína 2% e articaína 4%, ambas com adrenalina 1:200.000: avaliação da eficácia anestésica, sangramento intraoperatório e parâmetros hemodinâmicos em exodontias de terceiros molares inferiores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Senes, Andrea de Melo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Dor
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25142/tde-10112021-155757/
Resumo: Este ensaio clínico randomizado comparou a eficácia clínica do anestésico local articaína em duas concentrações, 2% e 4%, associado à adrenalina na concentração de 1:200.000, em exodontias de terceiros molares inferiores. Para tanto, 50 voluntários saudáveis foram submetidos, em sessões cirúrgicas distintas (com intervalo de 1 a 2 meses), à extração de dois terceiros molares inferiores com posições semelhantes sob anestesia local com articaína 2% ou 4%, ambas com adrenalina 1:200.000, de forma duplo-cega, randomizada e cruzada. Foram avaliados: início de ação das soluções anestésicas, tempo de duração da analgesia pós-cirúrgica, tempo de duração da anestesia pós-cirúrgica sobre tecidos moles, sangramento intraoperatório, parâmetros hemodinâmicos durante as cirurgias e abertura bucal dos voluntários e cicatrização dos sítios operados 7 dias após a realização das cirurgias. Três voluntários receberam volumes diferentes de anestésico nas duas cirurgias e por este motivo seus resultados foram descartados. Portanto, foram considerados os resultados de 47 voluntários (média de idade de 23±4 anos, variação de 18 a 44 anos). As duas soluções apresentaram início de ação bastante similar (1,48±0,60 e 1,50±0,69 min, respectivamente; p>0,05). Volumes idênticos de ambas as soluções anestésicas foram utilizados em todos os voluntários (3,33±1,00 mL e 3,28±0,83 mL). As soluções anestésicas proporcionaram tempo de analgesia pós-cirúrgica similar (133,02±110,72 min e 125,72±101,80 min; p>0,05), e a duração da ação anestésica sobre tecidos moles também foi similar, sendo de 190,52±90,07 min para articaína 2% e de 215,15±77,51 min para articaína 4% (p>0,05). O sangramento intraoperatório, no julgamento do cirurgião, foi muito próximo do escore mínimo durante todas as cirurgias. As mudanças transitórias nos valores de pressão arterial, frequência cardíaca e saturação de oxigênio não tiveram relevância clínica e não puderam ser atribuídas a nenhuma das soluções anestésicas locais utilizadas (p>0,05). Não foram observadas diferenças significativas entre a abertura de boca conseguida pelos voluntários no 7o dia pós-cirúrgico quando os voluntários foram operados sob anestesia local com articaína 2% ou 4% em comparação com os valores pré-operatórios. A cicatrização dos sítios operados foi classificada como normal para todos os voluntários, independentemente da solução anestésica empregada na cirurgia (p>0,05). Em conclusão, estes resultados demonstram que as soluções de articaína 2% e 4%, ambas com adrenalina 1:200.000, são equieficazes para a realização de exodontias de terceiros molares inferiores impactados. Portanto, a solução de articaína 2% com adrenalina 1:200.000 pode ser utilizada com sucesso mesmo em exodontias de terceiros molares inferiores com necessidade de ostectomia e odontosecção.