Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Silva, Thiago de Albuquerque e |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23158/tde-26042024-110347/
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Resumo: |
As restrições às consultas eletivas são justificadas para conter o contágio da COVID-19, mas também acarretam o declínio do acesso aos serviços, interrompendo o cuidado em saúde. Objetivo: Analisar as alterações na produtividade em saúde bucal da atenção primária à saúde (APS) do Sistema Único de Saúde (SUS), cotejando as médias ou medianas anuais das primeiras consultas odontológicas (PCO) e urgências odontológicas (UO) representadas pela dor de dente (DD) e abscesso dento-alveolar (ADA); a exodontia de dente permanente (EDP) e decíduo (EDD), as ações coletivas em saúde bucal (ACSB) e as de diagnóstico de alteração de tecido mole (TM) durante pandemia da COVID-19 no Brasil e suas cinco regiões, em 2020 e 2021. Metodologia: Dados coletados no Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB), de janeiro de 2019 até dezembro de 2021, sendo 2019 o período pré-pandêmico e 2020/21 os períodos pandêmicos. Os testes utilizados foram ANOVA medidas repetidas e Friedman com significância de 0,05. A diferença percentual significante foi empregada para facilitar a comparação entre os anos e as regiões. Resultados: Para o Brasil: a PCO mantiveram 2020 e 2021 em declínio (61,97% e 35,73%, respectivamente); as UO, em 2020 o declínio de ADA foi 22.6% e retomada ao valor base em 2021, e a DD com declínio de 17,98 em 2020 e aumento de 14,16% em 2021; as EDP e EDD com declínio em 2020 e 2021 (45,61%, 18,01%; e 52,24%, 31,75%, respectivamente); a ACSB com declínio de 90,3% em 2020 e 81,28% em 2021; as alterações TM com declínio de 31,66% e retomada dos valores em 2021. As regiões brasileiras tiveram performance similar na maioria das comparações. Discussão: As PCO não foram recuperadas, ao contrário das UO indicando a piora do acesso e da qualidade de vida. As exodontia sofreram declínio semelhante aos demais procedimentos odontológicos, mas o Sul, Centro-Oeste e Norte retomaram valores em 2021 sugerindo aumento de ações mutiladoras. A ACSB foi a variável mais afetada e é urgentemente necessária sua inclusão no planejamento da retomada para garantir a prevenção de doenças e promoção da saúde da população. As alterações TM retomaram os valores em 2021, onde o Sul foi a única região a apresentar aumento expressivo, indicando a provável experiência regional em Teleodontologia para controle, manutenção e orientação do cuidado, principalmente em casos suspeitos ou confirmados de malignidade. Propostas foram elencadas em eixos de cuidado individual, coletivo e de acesso para auxiliar na reorganização do serviço e na retomada baseada em evidências. Conclusão: A complexa e elevada demanda nos serviços de saúde bucal exigirá uma postura mais responsável e criativa dos gestores, onde a recuperação do financiamento é primordial, novas formas de acesso com a Teleodontologia devem ser inseridas de forma permanente e as ACSB devem ser retomadas o breve possível para reequilibrar o processo saúde-doença, principalmente entre os mais vulneráveis. Não se pode perder as conquistas das últimas décadas em saúde bucal e todos os esforços são essenciais para garantir os direitos constitucionais à saúde para população brasileira. |