Orientação endógena e exógena da atenção em ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Cruz, Mateus Torres
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41135/tde-18102017-094111/
Resumo: Foi investigado o curso temporal da orientação da atenção numa tarefa de orientação encoberta adaptada para ratos. A tarefa envolveu a avaliação do efeito de pistas auditivas centrais e periféricas, preditivas ou não preditivas, sob o tempo de reação a alvos visuais apresentados à direita ou à esquerda do campo visual. Foram utilizados tempos entre pista e alvo (SOAs) entre 50 a 1200 ms. Pistas centrais consistiram em bipes de 5 ou 8 kHz reproduzidos em ambos ouvidos concomitantemente. Neste caso a frequência do bipe indicava o lado para o qual a atenção deveria ser orientada. Pistas periféricas constituíram-se de bipes de 5 ou 8 kHz, apresentados individualmente no ouvido esquerdo ou direito. Neste caso o lado da apresentação do estímulo indicava a direção para a qual o animal deveria orientar a atenção. Esses estímulos foram apresentados de forma preditiva - em 80% das tentativas as pistas indicavam corretamente a localização do alvo (tentativas válidas) e em 20% o indicavam incorretamente (tentativas inválidas) - ou não preditiva - 50% de tentativas válidas e 20% de tentativas inválidas - a depender do grupo. Vinte e quatro ratos Wistar machos, com 3 meses no início dos experimentos, divididos em quatro grupos experimentais independentes - Central Preditivo (CP), Central Não Preditivo (CNP), Periférico Preditivo (PP) e Periférico Não Preditivo (PNP) - foram empregados. Os resultados mostram que animais dos grupos preditivos (CP e PP) respondem mais rapidamente e de forma mais precisa em tentativas válidas do que em tentativas inválidas, ao passo que animais em grupos não preditivos (CNP e PNP) respondem da mesma maneira em tentativas válidas ou inválidas. Esses resultados indicam de estes animais foram capazes de orientar a atenção de forma endógena, de forma análoga a seres humanos, sugerindo que ratos podem ser empregados amplamente como modelo animal na avaliação das orientações endógena e exógena da atenção