Dor lombar em idosos da cidade de São Paulo: um estudo de prevalência e suas implicações na capacidade funcional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Moura, Patricia Albuquerque de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-13122021-103653/
Resumo: INTRODUÇÃO: O Brasil vivencia um processo de transição demográfica, onde as doenças mais prevalentes deixaram de ser infectocontagiosas, e passam a ser crônico-degenerativas. A dor lombar (DL), neste contexto, tem evidência como aspecto de implicação em funcionalidade. OBJETIVO PRINCIPAL: Estimar a prevalência de DL e suas implicações funcionais em idosos da cidade de São Paulo. MÉTODOS: A amostra foi composta por 710 idosos com idade a partir de 60 anos, de ambos os sexos, abordados em centros de referência ao idoso. Foram aplicados questionários para a coleta de dados demográficos (como sexo e escolaridade), clínicos (como antecedentes pessoais e autoclassificação de saúde), de avaliação de dor (escala numérica de dor) e funcionalidade (Questionário de Incapacidade de Roland Morris) de modo a acessar aspectos sociais, dor e os comprometimentos funcionais devido a ela. Variáveis demográficas e clínicas foram descritas utilizando média, desvio padrão (DP), mediana, intervalo interquartil, números absolutos e porcentagens. Todos os dados tiveram suas distribuições avaliadas com o teste de Kolmogorov-Sminorv; o teste de Mann-Whitney foi utilizado para as comparações entre os grupos DL e sem DL (SDL) e o coeficiente de correlação de Spearman foi utilizado para analisar a correlação entre a pontuação no Questionário de Incapacidade Roland Morris e a escala numérica de dor. RESULTADOS: A prevalência de dor lombar encontrada foi de 74,4%. Houve diferença estatística entre os grupos SDL e DL quanto a sexo e impacto nas atividades sociais. Entre os indivíduos com DL, 69% foram classificados com menor incapacidade funcional (MIF). Entre os grupos MIF e incapacidade funcional (IF) foi possível identificar diferença nas variáveis cor, atividade física, auto relato de saúde e impacto nas atividades sociais. Ainda, aponta prevalência maior de DL em indivíduos pardos, casados, trabalhadores dos setores de bens e serviços, e sentem ligeiro impacto em atividades sociais por conta da dor. O grupo de idosos com DL e incapacidade funcional é de maioria feminina, parda, primeiro grau incompleto, casado, com baixa renda, fisicamente ativos, com autorrelato de saúde regular, moderado impacto social, e trabalho com serviços e comércio. As respostas ao Roland Morris podem estar associadas a um comportamento auto protetor não limitante de atividades de vida diária; e também com resiliência. CONCLUSÃO: A prevalência de DL nos idosos da cidade de São Paulo encontrada foi alta. Os idosos com DL apresentaram, em sua maioria, baixa limitação funcional devido à dor e relataram não deixar de realizar suas tarefas diárias e evitar se submeterem a situações de maior risco