A paz e o recurso à violência no Reino dos Francos: os mecanismos de resolução de conflito no período  merovíngio (séculos VI - VII)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Mazetto Junior, Milton
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-10122009-163724/
Resumo: A dissertação de mestrado intitulada \"A paz e o recurso à violência no Reino dos Francos: os mecanismos de resolução de conflito no período merovíngio (séculos VI - VII)\" tem como objeto central a questão do caráter dos meios de resolução de conflito no período merovíngio: público, provenientes de uma autoridade comprometida com a manutenção da ordem; ou privado, emanados dos laços de solidariedade entre os diversos grupos de parentesco presentes nesse reino. O fundamento de tal problema reside nas diversas interpretações, presente na historiografia sobre o período, sobre o papel exercido pelo poder real na resolução dos conflitos. Alguns dos estudos, próximos da antropologia jurídica, apontam que a realeza não possuiria o poder para controlar as disputas e a violência, as quais seriam controladas através da \'faida\'. Outros, apontam que o rei merovíngio seria o responsável por levar fim as discórdias, através da instituição de códigos normativos e da delegação de seu poderes judiciários à um corpo de funcionários. Essa distinção nos estudos teria como causa distintas interpretações, por um lado, do sentido dos relatos de violência presentes nos \'Decem libri historiarum\' de Gregório de Tours, e por outro, da natureza do \'Pactus legis salicae\'. Nesse sentido, a pesquisa apresentada na dissertação busca, através da reflexão sobre essas fontes à luz dos estudos mais recentes sobre elas e da análise dos cânones dos concílios e das \'formulae Andecavenses\', posicionar-se de maneira crítica em relação a ambas concepções da realeza merovíngia.