Decisões de investimento das firmas brasileiras: assimetria de informação, problemas de agência e oportunidades de investimento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Pellicani, Aline Damasceno
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18157/tde-08072015-095930/
Resumo: Esse trabalho tem por objetivo analisar a sensibilidade do investimento ao fluxo de caixa de 356 firmas brasileiras de capital aberto no período de 1997-2010, considerando a estrutura de propriedade e controle. As firmas são classificadas a priori entre subinvestimento e superinvestimento, e reagrupadas conforme o nível de oportunidades de investimento do setor industrial. Com uma versão do modelo acelerador de investimento, estimado pelo método GMM System, o estudo mostra que essa sensibilidade poderia sinalizar oportunidades de investimento, problemas de agência do fluxo de caixa livre e problemas de assimetria de informação. Particularmente, discute-se que o superinvestimento pode ser oriundo tanto dos problemas de agência do fluxo de caixa livre quanto ser uma sinalização ao mercado do volume de oportunidades de investimento. Além disso, também é investigado se firmas com controle familiar, estruturadas como pirâmides e pirâmides controladas por família têm influência sobre o volume de recursos próprios aplicados para financiar os investimentos. As estimativas mostram que os investimentos das firmas consideradas com subinvestimento e grandes oportunidades de investimento podem não ser sensíveis ao fluxo de caixa quando o excesso de direito de voto sobre o direito de propriedade do maior acionista é baixo. Por outro lado, para as firmas consideradas com superinvestimento e poucas oportunidades de investimento, o controle familiar e a pirâmide controlada por família poderiam intensificar essa sensibilidade, caso o controlador detenha níveis extremos de excesso de controle. Esse estudo proporciona evidências de que a maior aplicação de recursos próprios nos investimentos das firmas com superinvestimento e grandes oportunidades de investimento seria, principalmente, uma característica de firmas familiares com o menor desvio entre o direito de voto e o direito de propriedade. Como uma análise adicional, o presente estudo investiga se a relação entre a sensibilidade do investimento ao fluxo de caixa e o excesso de controle do maior acionista é não linear. Os resultados estimados evidenciam a não linearidade dessa relação, exceto para as firmas piramidais familiares classificadas com superinvestimento e poucas oportunidades de investimento.