Juventudes em vulnerabilidade: A literatura como ressignificação subjetiva e social de adolescentes em conflito com a lei

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Villela, Jéssica de Sousa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-12072021-182705/
Resumo: A presente pesquisa objetivou refletir sobre o processo de subjetivação de jovens em conflito com a lei, considerando as especificidades do contexto brasileiro e investigar o uso da literatura como uma estratégia de ressignificação do lugar social desses/as jovens, a partir de uma experiência interventiva. Nossa hipótese considera que a identidade social do/a adolescente em conflito com a lei é permeada de estereótipos e preconceitos e a revisão de literatura aponta que, muitas vezes, as/os jovens, justamente por se encontrarem num momento de maior vulnerabilidade, tomam as características desse olhar social no processo de construção da própria identidade. A pesquisa foi desenvolvida numa instituição do terceiro setor que realiza medidas socioeducativas (MSE) em meio aberto. Trata-se de uma pesquisa psicanalítica exploratória e descritiva, de abordagem qualitativa. Os encontros grupais com os/as participantes da pesquisa aconteceram quinzenalmente (entre abril e agosto de 2017) e foram descritos, registrados e narrados a partir da perspectiva da pesquisadora. Para o presente estudo selecionamos a apresentação de 05 oficinas que, a nosso ver, são as que realizam melhor a tarefa de recuperar a expressão do que foi vivenciado nos encontros com as/os jovens. No total, 24 jovens participaram do estudo. Em Oficina Terapêutica buscamos assegurar o contato com a literatura de maneira despretensiosa, sem ocuparmo-nos exclusivamente com a compreensão ou interpretação da história. Buscamos focar no sentido da história para a experiência do grupo, naquele determinado momento, para restituir um espaço de liberdade e criação. Compreendemos que a intervenção clínica não possibilitou transformações passíveis de mensuração na experiência pessoal de cada participante, entretanto, a descrição e a análise de cada encontro permitiram-nos refletir sobre possibilidades de atuação e manejo no campo socioeducativo. O recorte da experiência interventiva possibilitou uma ilustração do uso terapêutico de literatura na Clínica Ampliada, especificamente com adolescentes em conflito com a lei