Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Wolf, Plínio José Whitaker |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/98/98132/tde-24102024-145931/
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Resumo: |
Introdução. A doença arterial coronariana (DAC) é a principal causa de óbito no Brasil, sendo a cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM) uma importante opção terapêutica, sobretudo em pacientes mais graves. Por isso, é a cirurgia cardíaca mais realizada no mundo e, diante da alta prevalência e dos riscos inerentes ao procedimento, é recomendado o uso dos principais modelos preditores de risco atuais, o norte-americano \"The Society of Thoracic Surgeons (STS) risk score\" e o europeu European System for Cardiac Operative Risk Evaluation (EuroSCORE II), para estimativa da mortalidade operatória. Apesar da satisfatória acurácia nas populações em que foram desenvolvidos, o desempenho desses modelos ainda é questionável em outras sociedades com características distintas, como as encontradas no Brasil. Objetivo. Avaliar o desempenho do STS score e EuroSCORE II na cirurgia de revascularização miocárdica isolada em centro de referência em Cardiologia no Brasil, Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia. Métodos. Estudo observacional, prospectivo e unicêntrico que incluiu, de maio de 2022 a maio de 2023, todos os pacientes submetidos à CRM isolada no centro avaliado. A mortalidade observada foi comparada com a predita pelos modelos STS score e do EuroSCORE II, por meio da discriminação (área abaixo da curva AUC) e calibração (razão observado/esperado O/E) na amostra total e nos subgrupos de DAC estável e de síndrome coronariana aguda (SCA). Resultados. Total de 438 pacientes incluídos neste estudo. Idade média de 62 ± 8,2 anos, sendo 26,5% do gênero feminino e maioria admitida em SCA (64,2%). Mortalidade observada de 4,3% (n=19) e estimada em 1,21% e 2,74% pelo STS score e EuroSCORE II, respectivamente, conferindo discriminações positivas (AUC>0,5), mas deficitárias para o STS score (AUC=0,646; IC95% 0,760-0,532) e para o Euro II (AUC=0,697; IC95% 0,802-0,593). Calibração ausente para modelo norte-americano (p<0,05) e razoável para europeu (O/E=1,59, p=0,056) na amostra total. Na análise de subgrupos, o EuroSCORE II apresentou AUC de 0,616 (IC95% 0,752-0,480) e de 0,826 (IC95% 0,991-0,661), enquanto o STS apresentou AUC de 0,467 (IC95% 0,622-0,312) e de 0,855 (IC95% 1,0-0,706) nos pacientes com SCA e DAC crônica, respectivamente, mostrando bom desempenho dos escores em pacientes estáveis, possivelmente por este ser o perfil majoritário nas amostras em que estes modelos foram desenvolvidos. Conclusão. Os modelos EuroSCORE II e STS score não apresentaram desempenho ideal na amostra total, mas o escore europeu se mostrou superior, sobretudo em pacientes com DAC estável, onde a acurácia foi satisfatória. |