Alterações moleculares de fibroblastos presentes no leito da ferida crônica de portadores de diabetes mellitus submetidos à terapia por pressão subatmosférica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Aguiar, Armando Rosique Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5132/tde-28102021-142642/
Resumo: No leito de úlceras cutâneas de membros inferiores em indivíduos diabéticos ocorre ausência de ordenação das fases do reparo cutâneo, com manifestações celulares e moleculares anormais em todos os estágios da cicatrização levando à cronicidade e não resolução dessas feridas. Há vários fatores que contribuem para justificar tal cronicidade. Os mais significativos são acúmulo dérmico de produtos de glicação avançada (advanced glycation end products - AGEs) e demais proteínas que interagem com ele como: receptores de AGES (RAGE), inibidores de metaloproteinases (TIMPS) e metaloproreinases (MMPs). Nesse estudo nos propusemos a analisar o microambiente do leito das lesões antes e após a utilização da Terapia por Pressão Negativa ou Subatmosférica (TPN). Os pacientes foram submetidos a biopsias no leito da ferida, pré TPN e após 7 dias quando foi avaliada resposta do leito da ferida e realizada enxertia cutânea nas lesões. Nessas amostras foram analisadas por Western-blot, as concentrações das referidas proteínas. Pudemos observar redução nas concentrações de AGEs (25,49%), de seu receptor RAGE (43,04%) e de MMPs (15,88%), associado ao aumento de TIMPs (24,77%), mesmo onde os marcadores bioquímicos demonstraram DM descompensada em todos pacientes. Esses resultados corroboram com a melhora clínica das úlceras após o uso de TPN. A redução da concentração de AGEs sugere o recomeço da atividade cicatricial, além de reduzir a interação com seu receptor RAGE o que gera menor agravo inflamatório local. A redução de MMPs sugere que o TPN possui uma capacidade de eliminar os resíduos da oxidação celular, promovendo um ambiente com maior teor de regenerabilidade, e consequentemente aumenta a expressão de seu regular TIMP. Dessa maneira o TPN, mostra-se uma alternativa consistente para o tratamento de úlceras diabéticas e promissor elemento para redução do período de internação desses pacientes