Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Mesquita Filho, Walter |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-04012018-151155/
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Resumo: |
Invasões biológicas são uma das maiores ameaças à biodiversidade mundial. O estabelecimento de espécies exóticas, principalmente de insetos, em vários países ocorreu por meio da utilização de controle biológico, quando se introduz uma espécie exótica para o controle de outra. Em alguns casos, por diferentes motivos, espécies introduzidas com este objetivo acabaram se tornando invasoras. O besouro coprófago Digitonthophagus gazella é um destes exemplos. O objetivo desta tese foi avaliar o impacto de D. gazella sobre a abundância, diversidade e turnover de uma comunidade de besouros coprófagos nativos no Brasil. A comunidade foi amostrada semanalmente, e no mesmo local, desde novembro de 1989, através de armadilha luminosa, obtendo-se dados até novembro de 2015. A espécie exótica invadiu a área após quatro anos do início das coletas, tendo-se no presente estudo 22 anos de coletas semanais dessa espécie exótica introduzida. Na comunidade já havia outra espécie coprófaga exótica presente, Labarrus pseudolividus, que possui hábito residente de nidificação. A invasão por D. gazella modificou substancialmente a comunidade local. A abundância, diversidade e riqueza da comunidade nativa apresentavam tendência de aumento antes, passando a diminuir após a invasão. As espécies com o mesmo hábito de nidificação de D. gazella (escavador) não mostraram sinais de recuperação dos impactos, com todos os índices apresentando decréscimo contínuo desde a invasão, principalmente do turnover, tamanho populacional e riqueza de espécies. Espécies residentes, exibindo hábito similar a L. pseudolividus, foram capazes de recuperar o status após alguns anos, mantendo-se mais estáveis a partir do ano 15. Quando analisado o turnover da comunidade atual, ou seja, espécies nativas e exóticas, observou-se que toda a dinâmica da comunidade foi mantida pelas espécies exóticas. A partir da diminuição da abundância de D. gazella houve aumento na de L. pseudolividus, levando a uma aparente estabilidade na diversidade e turnover, a despeito do comportamento oposto observado na comunidade nativa. A partir da invasão por D. gazella, variáveis climáticas, fatores responsáveis principais pela característica da comunidade, passaram a execer menor influência. |