Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Santos, Lucas Gonzaga |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8135/tde-04032020-155055/
|
Resumo: |
O planejamento e a gestão de uma Unidade de Conservação (UC) é um grande desafio, pois deve agregar fins distintos e conflitantes. Por isso o planejamento dessas áreas demanda estudos de diversos aspectos da paisagem, entre eles o meio físico. Este trabalho apresenta um estudo comparativo de três propostas de diagnósticos do meio físico, com fins de subsídio ao planejamento ambiental pautado em lógicas distintas, a fim de verificar se existe alguma proposta adequada para as demandas de uma UC. Essas metodologias foram reproduzidas no Parque Estadual do Juquery (PEJy), após um estudo integrado da paisagem, que abordou aspectos geológicos, geomorfológicos, pedológicos, climáticos e vegetacionais. Conforme o Sistema de Capacidade de Uso, a área não apresenta uma grande capacidade de uso das terras, pois possui limitações relacionadas principalmente aos solos (profundidade efetiva, hidromorfismo e textura binária) e à declividade; e as terras aptas para um uso mais intensivo necessitam do emprego de práticas complexas de conservação. A Fragilidade Ambiental identificou o predomínio das classes de Média e Forte vulnerabilidade a processos morfodinâmicos. As planícies fluviais são as áreas mais frágeis, assim como a porção central do PEJy, que apresenta a declives mais acentuados. Os terrenos situados ao norte da UC são as áreas menos frágeis, pois apresentam relevo suave ondulado e solos mais desenvolvidos. Do ponto de vista da ecodinâmica, constatou-se que aproximadamente 15% do PEJy está em situação de instabilidade. A cobertura vegetal exerce um papel fundamental no controle da erosão na área, protegendo os solos. A proposta de Capacidade de Sustentação à Biodiversidade identificou 7 unidades na área de estudo. As classes com maior potencial de suportar a biota caracterizam-se pela maior profundidade efetiva e pela disponibilidade hídrica no sistema. A baixa profundidade, a suscetibilidade a processos morfodinâmicos e a declividade acentuada mostraram-se como fatores limitantes. A comparação entre as metodologias mostrou que nenhuma delas é suficiente, em si só, para o planejamento de UCs, mas trazem ferramentas e conceitos importantes a serem adaptados e aplicados, como a capacidade de uso máxima, a distinção das unidades pela ecodinâmica atual, e o reconhecimento da paisagem de forma funcional. |