Avaliação do risco de transmissão de Rickettsia (Rickettsia rickettsii) por carrapatos do gênero Amblyomma na área do Parque Estadual do Juquery, Franco da Rocha, estado de São Paulo, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Paes, Carina de Barros
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6142/tde-09092019-094448/
Resumo: A Febre Maculosa é uma doença de importância crescente na Saúde Pública, especialmente no estado de São Paulo, onde a transmissão ocorre em áreas que sofreram ação humana. Rickettsia rickettsii é uma bactéria intracelular obrigatória e no ser humano causa uma enfermidade febril conhecida no Brasil como Febre Maculosa Brasileira. O principal vetor do agente etiológico no Brasil é o carrapato da espécie Amblyomma sculptum, porém no estado de São Paulo também se destaca como vetor, o carrapato Amblyomma aureolatum, principalmente em áreas urbanas próximas a fragmentos de mata. Foi realizada uma caracterização da área do Parque Estadual do Juquery, Franco da Rocha, com coletas de espécimes de locais com e sem a presença de hospedeiros (capivaras) e verificação do vetor em hospedeiros em cães que circulam nas áreas de mata do parque e na sua Zona de Amortecimento. Foram empregadas técnicas laboratoriais para inquérito soroepidemiológico em animais domésticos (hospedeiros/sentinelas) através da técnica da Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI). Os carrapatos coletados nas técnicas empregadas no ambiente estão relacionados às capivaras presentes na área. As coletas realizadas nos cães foram positivas para Amblyomma aureolatum. No inquérito soroepidemiológico pela técnica de RIFI, houve uma soroprevalência de 60%. As variáveis de paisagem, quando comparadas à soroprevalência determinam a existência de relação entre elas, sendo a cobertura florestal a variável de maior influência. Nas duas áreas havia cães positivos na Reação de Imunofluorescência Indireta para Rickettsia rickettsii. A área de estudo passou de uma classificação de área silenciosa para área de risco para a Febre Maculosa Brasileira no município de Franco da Rocha, sendo indicadas ações de vigilância compatíveis para essa classe de risco.