Concepções morais no mundo do trabalho: um estudo sobre os tipos de julgamentos e representações de si de gestores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Galhardo, Priscila Bonato
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Job
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-30102018-163919/
Resumo: A tendência no mundo do trabalho contemporâneo tem sido marcada pela flexibilização, pelo gerenciamento pela qualidade e pela mobilização do sujeito a serviço da empresa. Tem-se uma expectativa de que o gestor seja engajado com os objetivos da empresa e mantenha sempre um bom relacionamento interpessoal. Não obstante, para que se tenha um sistema integrado em busca da rentabilidade, muitos gestores se envolvem e tendem a mobilizar suas representações e valores pessoais, seus julgamentos e sua construção social em torno dos objetivos da empresa. OBJETIVO: Este trabalho investigou se a presença e prioridade de valores morais nas representações de si dos gestores estão associadas com o aumento da escolha de juízos de domínio moral para os dilemas pesquisados. MÉTODO: Pesquisa de campo, de natureza exploratória, da qual participaram 30 gestores do ramo varejista. Para a coleta de dados, os instrumentos utilizados foram: Ficha de Identificação (dados dos gestores), Roteiro de entrevista sobre representações de si (na dimensão como pessoa e gestor) e Questionário de dilemas morais (com duas situações hipotéticas). Os dados foram analisados qualitativamente, através de Confiabilidade Dialógica e Análise Independente de Juízes. Também foi realizada análise quantitativa (Análise Estatística Descritiva). RESULTADOS: Nas representações de si os resultados apontaram que os gestores apresentam respostas com conteúdo moral como honestidade, empatia, preocupação com o próximo e justiça. Todavia foi possível encontrar respostas sem conteúdo moral como ser proativo, determinado e alcançar resultados nas empresas. Além disso, compreendeu-se que na dimensão como pessoa os gestores apresentam mais respostas de conteúdo moral do que na dimensão como gestor. Quanto aos resultados dos dilemas morais, os gestores apresentaram em suas respostas conteúdos com princípios morais como cuidar da equipe e prezar pela vida das pessoas; e sem princípios morais como seguir as regras da empresa e prezar pela profissão acima do valor da vida das pessoas. Quando as justificativas são classificadas por domínio, o que prevalece são as respostas de domínio convencional, o que pode significar a expressão da necessidade dos gestores atenderem as demandas organizacionais. CONCLUSÃO: Entende-se, a partir da amostra que quando os gestores seguem uma moral que eles legitimam, respondem as representações de si com conteúdos morais, apresentando em sequência um maior índice de justificativas com princípios morais nos julgamentos dos dilemas. Do mesmo modo, quando possuem representações de si com poucos conteúdos morais, tendem a serem mais convencionais nas respostas aos dilemas. Logo, pode-se afirmar, conforme os resultados, que as representações de si têm implicação sobre os julgamentos pesquisados