Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Mascarin, Ana Luiza Camargo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-08012015-150454/
|
Resumo: |
Ter ou contratar é a questão estratégica abordada na presente dissertação. A pesquisa tem o objetivo de estudar o mercado de serviços agrícolas de mecanização dentro do escopo e dos limites da firma agrícola. A questão a ser investigada focaliza as razões da predominância da opção pela propriedade da frota de equipamentos por parte dos agricultores. Destaca-se que foi feito um recorte com relação às culturas agrícolas para o estudo, os Sistemas Agroindustriais selecionados foram o da cana-de-açúcar e o da soja. Para resolver essa questão é utilizada a Nova Economia Institucional como base teórica. Os conceitos da Economia de Custos de Transação e sua estratégia de economizar nos custos de transação são elementos que fundamentam as hipóteses sobre a escolha dos arranjos institucionais. O cenário das transações é o ambiente institucional e as instituições são as responsáveis pelas regras que as governam; justificando a análise setorial sobre esse mercado de serviços mecanizados. A Teoria do Crescimento da Firma é utilizada para explicar o surgimento desse novo mercado. A análise empírica envolve duas abordagens: a qualitativa e quantitativa. Na qualitativa são analisados os SAG´s da soja e da cana-de-açúcar, em seguida a análise do ambiente institucional e as regras que envolvem a subcontratação no país para então uma análise setorial do mercado de serviços de colheita mecanizada ser elaborada com base no arcabouço teórico. Na abordagem quantitativa é feita uma comparação entre dos custos operacionais da aquisição de colhedoras ou a contratação de serviços de fornecedores externos; seguida de um modelo probit para investigar a relação entre contratar ou não um serviço de colheita mecanizada. Como resultado da analise do ambiente institucional, foi mostrado que existem regras ambíguas em relação à subcontratação, o que desencoraja e por vezes penaliza quem escolhe contratar. A análise setorial do mercado de serviços de colheita mecanizada no SAG da soja e da cana-de-açúcar foi feita por meio de dois estudos de caso. Foram realizadas entrevistas em profundidade com os fornecedores de serviços de colheita mecanizada e stakeholders. Como resultado proeminente da análise constata-se que os serviços surgem de produtores rurais (100%) que já possuíam máquinas e decidiram otimizar seu uso, e também que a maioria (63%) atua informalmente. Esse resultado corrobora a primeira hipótese (H1) sobre o surgimento de serviços da Teoria do Crescimento da Firma. Em seguida na primeira análise quantitativa verifica-se que os custos operacionais de integrar e contratar o serviço são bem próximos se a opção for comprar uma máquina à vista e contratar. Porém quando financiadas a propriedade não se torna boa opção financeira. Na outra etapa quantitativa foi elaborado um modelo econométrico e investigou-se a relação entre contratar ou não um serviço de colheita mecanizada com a especificidade temporal e locacional, contratos anteriores e a influência negativa do ambiente institucional. Do modelo idealizado e do levantamento realizado os resultados são que as hipóteses relacionadas com a especificidade do ativo (H2) e a existência de contratos bem sucedidos no passado (H3) foram validados com grau de significância de 5%. A hipótese relacionada ao ambiente institucional (H4) apesar de ser significante não foi validada, pois tem o efeito oposto ao esperado. Foram utilizados, portanto, dados qualitativos e quantitativos. Concluiu-se como previsto que a maioria dos produtores é integrada verticalmente (67,2%) e que a opção não é financeira e que os custos de transação importam na tomada de decisões. A atenção agora se volta para os próximos passos sugeridos, como expandir o estudo para novas culturas e serviços agrícolas. |