Linguagem como Sprachlichkeit na filosofia de Hegel

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Almeida, Nina Auras Vieira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-20022024-202514/
Resumo: Esta pesquisa propõe uma consideração do problema da linguagem na filosofia de Hegel a partir daquele da expressividade. A ideia da expressividade como um ponto focal na superação hegeliana de um absoluto kantiano pode ser justificada, dentre outros textos, pelo conteúdo da seção da Enciclopédia das Ciências Filosóficas dedicada ao conceito de espírito, onde sua determinidade concreta é indicada como sendo autorrevelação. A descoberta da unidade subjetivo-objetiva, por meio da qual o espírito se encontra em unidade diferenciada consigo mesmo e produz-se como um mundo exteriormente presente e racionalmente configurado, é assim a mais alta determinidade espiritual. Expressividade seria, então, um termo geral para o que é mais determinadamente autorrevelação. Mais especificamente, a efetivação dessa determinidade é a identidade entre forma e conteúdo na exposição, o que equivale àquela entre sujeito e objeto, tanto sintática quanto semanticamente. As categorias rígidas da linguística formal colocam, portanto, um obstáculo à organicidade fluida do conceito, que deve, no entanto, por sua própria definição, expor-se ou extrusar-se. Em uma série de momentos, Hegel aponta o signo linguístico ou a linguagem em geral como elemento responsável por elevar essa identidade à idealidade do pensamento. De fato, uma mudança de compreensão na significação linguística é equiparada à diferença entre representar e pensar, e mudar representações em pensamentos como tais se demonstra como sendo a tarefa da filosofia em geral. A expressividade pode, assim, ser ligada ao conceito de linguisticidade [Sprachlichkeit]. Com este objetivo, a dissertação considera a interação hegeliana com as críticas linguísticas em voga à metafísica representativa e a peculiar consistência do tratamento da linguagem ao longo da sua obra, particularmente no terceiro volume da Enciclopédia mas também, mais brevemente, no Texto 58, na Fenomenologia do Espírito e na Ciência da Lógica