Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Faustino, Dioclézio Domingos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-12042021-180606/
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Resumo: |
Este estudo pretende mostrar que, na filosofia de Michel Foucault, o cuidado de si é uma noção que tem antes uma função de crítica da moral e, por conseguinte, de crítica de um certo modo de produção da subjetividade moderna, que a reivindicação de um princípio ético. Partimos da constatação de que, segundo Foucault, entre os séculos I e II de nossa era, há uma descontinuidade na história da moral no Ocidente. Esta descontinuidade é verificada pela passagem de uma modalidade de relação a si que tinha forma de um \"uso dos prazeres\" (entre os gregos da época clássica) para uma forma de \"decifração do desejo\" (na filosofia da época imperial romana). E que, em um segundo momento do curso dessa história, nos séculos IV e V, ocorre uma nova e decisiva inflexão com o advento das práticas de si cristãs, nas quais o cuidado de si é incorporado ao poder pastoral e, assim, para cuidar de si mesmo, é preciso fazer uma \"renúncia de si\". Assim, as raízes de nossa (moderna) subjetividade encontram solo neste segundo movimento porque ele abre o caminho para o que se constituirá na modernidade como uma \"hermenêutica do sujeito\" e o consequente privilégio do \"conhecimento de si\". O cuidado de si perpassa todo esse período, isto é, da época grega clássica ao cristianismo primitivo, e ele funciona como uma espécie de noção crítica que permite que o genealogista da moral investigue e detecte estas transformações e suas implicações para a constituição da moral. |