Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Scaranello, Marcos Augusto da Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/64/64135/tde-06052010-160213/
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Resumo: |
As florestas tropicais exibem elevada biodiversidade e desempenham um importante papel no ciclo global do carbono. Porém, essas florestas têm sido impactadas aceleradamente nos últimos anos. No Brasil, a floresta tropical Atlântica está restrita a aproximadamente 7 % de sua extensão original e seus remanescentes ainda sofrem ameaças. Com isso, informações sobre a dinâmica da vegetação desse bioma são importantes para entender o funcionamento desse ecossistema e servem de subsídio para auxiliar em sua conservação e restauração. No presente estudo, os principais processos que regem a dinâmica de uma floresta (mortalidade, recrutamento e crescimento) foram estimados em duas fisionomias distintas da floresta tropical Atlântica. Além disso, a variação líquida da biomassa acima do solo (BAS) também foi estimada. Para o presente estudo foram utilizadas cinco (5) parcelas permanentes de um (1) hectare inseridas no projeto temático Gradiente Funcional, sendo: quatro (4) na floresta de Terras Baixas e uma (1) na floresta de Restinga. Os inventários foram realizados no momento da implantação das parcelas permanentes (2006) e após dois (2) anos. Os resultados obtidos demonstraram que a Restinga (1635 ind.ha-1) possui maior densidade total de indivíduos vivos com o DAP \'>OU=\'4,8 cm que a Terras Baixas (1221 ind.ha-1). O estoque de biomassa acima do solo (BAS) foi maior na Terras Baixas (212,3 Mg.ha-1) que na Restinga (166,3 Mg.ha-1) (DAP \'>OU=\'4,8 cm). A distribuição dos indivíduos nas classes de diâmetro influenciou essas diferenças estruturais: a Restinga possui maior densidade total de indivíduos na menor classe de diâmetro e a floresta de Terras Baixas possui maior densidade de indivíduos na maior classe. Tal fato também impactou a distribuição do estoque de BAS nas classes de diâmetro: a floresta de Restinga estoca mais biomassa na classe de 10-30 cm e a floresta de Terras Baixas na maior classe de DAP, \'>OU=\'50 cm. A mediana da taxa de incremento diamétrico da comunidade arbórea não diferiu entre os dois tipos de floresta, sendo igual a 1,0 mm.ano-1 na Restinga e 0,8 mm.ano-1 na Terras Baixas (DAP \'>OU=\'4,8 cm). Diferenças na taxa de incremento diamétrico com relação às formas de vida (árvores e palmeiras) foram observadas. A taxa de incremento diamétrico das árvores apresentou relação positiva com o aumento das classes de DAP e o índice de iluminação de copa. O mesmo padrão não foi observado para as palmeiras. A taxa de mortalidade da comunidade arbórea foi semelhante entre os dois tipos de floresta, sendo igual a 2,46 % na Restinga e 2,00 % na Terras Baixas (DAP \'>OU=\'4,8 cm). A taxa de recrutamento também foi semelhante entre as florestas, sendo igual a 1,42 % na Restinga e 1,36 % na floresta de Terras Baixas. A variação líquida da BAS foi maior nas Terras baixas (0,64 Mg.ha-1.ano-1) que na Restinga (0,32 Mg.ha-1.ano-1). Por fim, a floresta tropical Atlântica apresenta maior densidade de indivíduos vivos, menor estoque de BAS, menor taxa de incremento e reposição quando comparada com outras florestas tropicais, possivelmente devido à distribuição da precipitação ao longo do ano |