Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Denise Marrone |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-04062021-185131/
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Resumo: |
Introdução. O flúor tem sido amplamente utilizado na prevenção e controle da cárie dentária e o uso sistêmico do flúor através da água fluoretada constitui a forma mais empregada em saúde pública. Num contexto de diminuição da prevalência de cárie dentária, maior oferta de dentifrício fluoretado e preocupação com um possível aumento de fluorose nas formas muito leve e leve a ingestão de flúor a partir de outras fontes toma-se relevante. O uso de suplementos fluorados tem sido revisto. Está contraindicado em áreas fluoretadas e, na atualidade, tem um uso muito restrito. A prescrição inadequada associada com fluorose tem sido descrita. Objetivos. Identificar a conduta clínica de pediatras quanto à prescrição de suplementos fluorados no Município de São Paulo e identificar as justificativas para prescrição e a percepção da necessidade da presença do flúor nos mesmos; identificar e avaliar as recomendações de entidades profissionais e instituições públicas de saúde em relação aos suplementos; identificar e analisar o conteúdo teórico em obras da literatura acerca do uso dos suplementos antes e depois de 1985. Método. A coleta de dados foi feita através de questionário enviado pelo correio aos especialistas associados à Sociedade de Pediatria de São Paulo (n= 246), no ano de 2003. Os dados foram analisados através do Programa Epilnfo 6 (dados quantitativos) e da metodologia do Discurso do Sujeito Coletivo (dados qualitativos). As informações obtidas através da pesquisa junto às entidades profissionais, instituições públicas de saúde e da literatura pré e pós 1985 foram analisadas com vistas a situar as recomendações sobre esses produtos. Resultados. A porcentagem de questionários devolvidos foi de 11,5% e determinou que a amostra real fosse 50,8% da amostra ideal. A freqüência de pediatras da população de estudo que prescreveu algum suplemento contendo flúor encontrada foi de 12,8% e 78,4% não acham necessária a presença do flúor nos mesmos. A maioria (75,2%) dos médicos declarou não prescrever suplemento vitamínico com flúor porque a água é fluoretada e há risco de fluorose. Essa justificativa foi mencionada pela maioria dos pediatras (74,4%) para o fato do flúor não ser necessário nos suplementos vitamínicos. Das entidades médicas pesquisadas (SPSP e APM) obtivemos da SPSP resposta bastante satisfatória no aspecto qualitativo. Das entidades odontológicas pesquisadas (CFO, CRO/SP, ABO-Nacional, APCD e ABOPREV), a maior parte das respostas não se mostrou satisfatória no aspecto qualitativo, exceção feita à APCD. Das instituições públicas (ANVISA, MS, SES/SP e SMS/SP) obtivemos respostas adequadas do ponto de vista qualitativo, ainda que algumas reflexões e questionamentos devam ser feitos. Constatamos que existe uma lacuna quanto ao uso dos suplementos fluorados por não haver uma diretriz oficial que norteie sua utilização no país. A bibliografia médica e leiga pesquisada, de uma forma geral, reconhece e reafirma a ação do flúor na prevenção da cárie. Indica os suplementos fluorados como uma forma alternativa de oferecer flúor, reforçando o conceito da necessidade de incorporação de flúor (efeito pré-eruptivo) para que seu beneficio se manifeste. Considerações finais. Faz-se necessário que o poder público e entidades odontológicas assumam sua responsabilidade na formulação de políticas adequadas e diretrizes claras quanto ao uso dos suplementos fluorados no país, prevenindo o agravamento de problemas e assegurando o bem-estar da população. O diálogo e a troca de informações entre profissionais da saúde envolvidos e sociedade permitirá um uso racional e adequado destes produtos. |