Manchas de grãos em arroz ocasionadas pelos fungos Bipolaris oryzae, Microdochium oryzae e Phoma sorghina: danos segundo o estádio vegetativo da planta, resistência varietal e controle químico

• Ano de defesa: 1999
• Autor(a) principal: Malavolta, Vanda Maria Angeli
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: ARROZ; ESCALDADURA; FUNGICIDAS; FUNGOS FITOPATOGÊNICOS; GRÃOS; MANCHA PARDA; QUEIMA DAS GLUMELAS; SEMENTES
• Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-20210104-191225/

Com o objetivo de determinar qual o estádio vegetativo de plantas de arroz nos quais a infecção pelos fungos Bipolaris oryzae, Microdochium oryzae e Phoma sorghina ocasiona os maiores danos, inoculações foram realizadas nas cultivares IAC 101 e IAC 165 com os três patógenos, nos estádios de emborrachamento tardio, panícula parcialmente emergida, panícula totalmente emergida/ florescimento, grão leitoso e grão farináceo. Os resultados mostraram que, independentemente do patógeno e da cultivar considerados, os maiores danos, tanto devido à severidade de manchas nos grãos como à redução no peso e à formação dos grãos estão sempre associados às infecções mais precoces, limitadas até o período do florescimento. Coeficientes de correlação simples obtidos entre as variáveis Índice de Severidade de Doença (ISO) x Peso e ISO x Porcentagem de Grãos Cheios mostraram que na cultivar IAC 101 correlações significativas foram observadas para os fungos B. oryzae e P. sorghina, e na cultivar IAC 165 para os fungos M. oryzae e P. sorghina, mostrando que esses patógenos foram responsáveis pela diminuição da produção, em peso e em número de grãos. A avaliação de 32 cultivares comerciais quanto à resistência a manchas de grãos ocasionadas por B. oryzae, M. oryzae e P. sorghina foi realizada em casa de vegetação, através de inoculações realizadas com esses três fungos, separadamente. Os resultados mostraram que, considerando os três patógenos empregados, as cultivares Araguaia, Caiapó, Cica 8, Guarani, IAC 25, IAC 101, Metica 1 e Rio Paranaíba se destacaram por apresentar baixos índices de severidade de doença, e as cultivares Caiapó, BR IRGA 409 e CICA 8 por apresentar altas porcentagens de grãos cheios. Somente as cultivares Caiapó e CICA 8 apresentaram baixos valores de ISD e altas porcentagens de grãos cheios, simultaneamente. A eficiência de 7 fungicidas, aplicados por pulverização na época do florescimento, no controle de manchas de grãos em arroz ocasionadas pelos fungos B. oryzae, M. oryzae e P. sorghina foi avaliada em ensaios conduzidos em casa de vegetação, com a cultivar IAC 101. O melhor controle de B. oryzae foi obtido com o produto procloraz. Para o controle de M. oryzae os melhores fungicidas foram procloraz, tebuconazole, azoxystrobin, trifenil acetato de estanho e clorotalonil. Para P. sorghina, procloraz foi o único produto entre os utilizados a apresentar indice de Severidade da Doença significativamente menor que a testemunha, embora não tenha diferido estatisticamente de trifenil acetato de estanho, clorotalonil, triciclazol e mancozeb.