Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Moreno, Vanessa de Souza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-08042015-150943/
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Resumo: |
A mineração modifica profundamente os ecossistemas naturais e, embora a recuperação dessas áreas seja exigida pela legislação, trata-se ainda de um grande desafio técnico. Geralmente, as estratégias de recuperação envolvem a distribuição de solo florestal superficial, a semeadura de gramíneas exóticas para cobrir o solo, chamada de \"tapete verde\", e o plantio de mudas de árvores exóticas e/ou nativas. No entanto, a semeadura de gramíneas exóticas pode restringir a regeneração de espécies nativas, sendo a avaliação da sua viabilidade ecológica necessária para determinar sua real necessidade. Nesse contexto, o objetivo desse trabalho foi avaliar se é necessário o uso de gramíneas exóticas para o recobrimento inicial do solo na recuperação de florestas tropicais em áreas de mineração de bauxita, bem como se a trajetória ecológica gerada apresenta potencial de retorno às condições pré-distúrbio. Sendo assim, utilizamos um estudo de caso de recuperação de minas de exploração de bauxita na Mata Atlântica do Brasil na região de Poços de Caldas-MG, na qual foram comparadas cronossequências de dois métodos de restauração de minas de bauxita - restauração florestal sem tapete verde (Rs) e restauração florestal com tapete verde (Rc) - tendo-se trechos de floresta nativa como ecossistema de referência. Foram avaliados dados de estrutura (cobertura de gramínea, cobertura de dossel, área basal, densidade de indivíduos com DAP ≥ 1 cm e altura ≥130 cm - classe 1 - e densidade de indivíduos com DAP < 1 cm e altura ≥ 50 cm - classe 2) e composição (riqueza, diversidade, equabilidade, riqueza e porcentagem de espécies por síndrome de dispersão). A definição da trajetória ecológica foi realizada por meio de regressões lineares. O método de restauração florestal sem tapete verde alcançou resultados superiores ao método Rc em parâmetros importantes para o estabelecimento da floresta, como cobertura de gramíneas, cobertura de dossel, riqueza e diversidade da classe 1. O método Rs também teve resultados semelhantes à Rc em vários parâmetros, apesar da idade inferior. Os dois métodos apresentaram tendências de evolução em direção aos parâmetros do ecossistema de referência, porém o método Rs, se mantiver a trajetória atual, pode alcançá-los mais rapidamente, o que reduz gastos com manutenção e manejo. Tais evidências mostram que o uso de gramíneas exóticas para recobrimento inicial de áreas mineradas não é necessário em projetos que visem à restauração florestal de áreas de mineração, pois essas prejudicam o restabelecimento da dinâmica florestal. Adicionalmente, mostrou-se ser possível recuperar áreas mineradas de bauxita com metas ecológicas mais ambiciosas, que visem o retorno de condições similares às existentes pré-distúrbio. |