Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Kurbhi, Fabiana Haddad |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-31012023-163507/
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Resumo: |
Trata-se de uma pesquisa quali-quantitativa em que foi feita uma análise compreensivo-descritiva da autoagressividade leve, como roer unhas, arrancar pelinhas e casquinhas do corpo, em crianças. Foi usado o referencial teórico da da psicologia analítica junguiana desenvolvimentista. O principal objetivo desta pesquisa foi verificar se há relação entre a ocorrência de autoagressões leves em crianças e o tipo de apego parental considerado negativo por elas. Foram utilizados dois instrumentos: um questionário sobre o tipo de autoagressão leve praticada e o Inventário de Percepção de Suporte Familiar (IPSF), que mede a forma como a criança percebe o apego parental. A aplicação dos instrumentos foi individual e remota. A amostra final foi composta de 50 crianças, entre 8 anos e 11 anos e 11 meses de idade, escolhidas por conveniência. Não foi possível estabelecer uma relação estatisticamente significativa entre autoagressões leves em crianças e o tipo de apego estabelecido entre as crianças e as respectivas figuras de apego. Foi possível verificar que comportamentos autoagressivos leves ocorrem em todas as faixas etárias estudadas (dos 8 aos 11 anos e 11 meses) em ambos os sexos, mas têm características diferentes em cada faixaetária. Estes comportamentos podem se sobrepor, ou seja, a criança pode praticar mais de uma autoagressão leve ao mesmo tempo. O pico de comportamentos autoagressivos foi aos 11 anos de idade. Verificou-se que um tipo de apego ambivalente (ou desorientado) estabelecido entre cuidadores e criança foi preponderante nesta amostra para o surgimento de autoagressões leves. Quatro por cento da amostra praticou ou pratica autoagressões graves, mas essas crianças possuíam características muito diversas entre si, não sendo possível caracterizar esse pequeno grupo. Também não foi possível verificar se as autoagressões leves são ou não preditoras de autoagressões mais graves nem verificar quais seriam os outros fatores que podem provocar ou induzir a autoagressões leves. Se se adota a premissa de que os comportamentos autoagressivos leves se relacionam com os padrões de apego da criança, e se se assume epistemologicamente a teoria desenvolvimentista junguiana como referência, pode-se inferir que as alterações dos padrões de apego, ao longo da vida por meio do surgimento de modelos secundários de apego e da maturação do indivíduo, levam também a uma mudança comportamental, de forma que a autoagressividade pode diminuir ou aumentar. Conclui-se que, apesar das limitações dos resultados, a pesquisa colaborou com a identificação e caracterização do fenômeno autoagressividade leve em crianças e poderá colaborar com o tratamento, com a prevenção e com a implementação de políticas públicas sobre o tema |