Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Mello, Beatriz Gagete Verissimo de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-12092022-115352/
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Resumo: |
Das 181 espécies brasileiras de morcegos (Ordem Chiroptera), 47.2% ocorrem em áreas urbanas. O processo de urbanização pode, potencialmente, implicar em mudanças ecológicas importantes nas comunidades de quirópteros e em sua dinâmica de transmissão intra e interespecífica de patógenos. No entanto, pouco se sabe sobre as influências dos componentes de um ecossistema urbano na ecologia e na estruturação destas comunidades. Há uma extensa abordagem na literatura em comparar ambientes urbanos e rurais, as quais apontam mudanças importantes na biodiversidade. Porém, o ambiente urbano é uma matriz complexa e heterogênea, na qual diferentesfatoresfísico-estruturais ou socioeconômicos podem atuar de maneiras distintas nas dinâmicas ecológicas. Assim, uma escala que contemple melhor tal heterogeneidade e complexidade espacial pode contribuir com o avanço do entendimento das influências da urbanização sobre morcegos. O zoneamento municipal determina o parcelamento, uso e ocupação do solo de uma cidade, tratando-se de uma divisão mais detalhista da própria matriz urbana. O presente estudo utilizou-se do zoneamento municipal como ferramenta para desenvolver um delineamento amostral para um estudo ecoepidemiológico de morcegos na Região Metropolitana de São Paulo. A área de estudo abrange um gradiente de urbanização, envolvendo parte dos municípios de Cotia, Embu das Artes, Taboão da Serra, Osasco e São Paulo. A área de estudo foi estratificada com base nas divisões (zonas) oficiais das leis de zoneamento destes municípios, e adaptada através de análise visual da paisagem, a fim de obter o máximo de relevância biológica possível e para atender as capacidades logísticas do trabalho à campo. A estratificação resultou em seis estratos nos quais foram posicionadas uma área de coleta por estrato. A utilização do zoneamento municipal como ferramenta para um delineamento de estudo ecológico, apesar de ser complementar a outras técnicas de análise de paisagem, pode ser útil para acessar parte da heterogeneidade urbana que divisões gerais de uso do solo (ex: mancha urbana) não fornecem, e assim, comparar comunidades animais entre estratos urbanos e auxiliar na formulação de hipóteses. Além disso, esta ferramenta reforça a conexão entre ecologia e planejamento urbano e pode auxiliar na formulação de ações em Saúde Única, mas necessita de uma abordagem interdisciplinar integrada. |