Vegetarianismo ambiental: estudo das controvérsias na relação entre vegetarianismo e emissões de gases de efeito estufa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Souza, Ravi Orsini Camargo de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/106/106132/tde-31072019-153158/
Resumo: Cada vez mais pessoas estão se tornando adeptas do vegetarianismo em diversos locais do mundo, incluindo o Brasil. Justificativas de caráter ambiental figuram entre as principais motivações para a adoção desta dieta, a qual é considerada por muitos como uma forma de alimentação mais sustentável. Isso se deve ao fato de que a indústria pecuária tem sido apontada como uma das contribuintes mais significativas para muitos dos grandes problemas socioambientais modernos. Paralelamente, há um crescente debate, marcado por controvérsias, sobre o impacto da produção animal, em escalas e lógicas industriais atuais, no aquecimento global antropogênico e, além disso, sobre como uma redução no consumo de alimentos de origem animal poderia contribuir para a mitigação das mudanças climáticas. As declarações, opiniões e argumentos em torno do assunto mostram discordâncias em vários aspectos e em diversos âmbitos, inclusive acadêmico, se entrelaçando em um debate interdisciplinar que envolve estimativas de emissões da pecuária industrial, possibilidades e limitações na adoção de dietas baseadas em plantas, comparativos entre eficiências energéticas e ecológicas, implicações hipotéticas de alterações nos sistemas de criação de animais convencionais, padrões e tendências no consumo de carne, questões de segurança alimentar e nutricional, dentre outras temáticas que agregam complexidade à discussão. O estudo, que objetivou compreender se um vegetarianismo ambiental poderia auxiliar a mitigar emissões antrópicas de gases de efeito estufa, foi guiado pela metodologia da cartografia de controvérsias sociotécnicas, que possibilitou identificar e revisar os tópicos mais importantes em toda a discussão, bem como as principais subcontrovérsias e argumentos que a compõe, especialmente no que diz respeito ao conhecimento científico.