Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Amaral, Rosangela do |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8135/tde-15122020-194333/
|
Resumo: |
As inundações representam o desastre natural que ocorre com maior frequência no mundo e causam prejuízos humanos (mortos, feridos e desabrigados) e financeiros. A Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) apresenta, anualmente no verão, sérios problemas com inundações em vias marginais aos rios e córregos, interrompendo o fluxo de veículos, além de residências, comércios e indústrias localizados próximo aos cursos d\'água que são atingidos pela elevação e transbordamento do nível da água na planície. As características físicas da bacia, associadas às alterações antrópicas, podem interferir na frequência e na magnitude dos fenômenos de inundação nas áreas urbanas. Objetivo: Estabelecer os limiares pluviométricos para a ocorrência de inundações e quais são as variáveis que exercem maior ocorrência no desencadeamento desses eventos, tomando-se como estudo de caso a Bacia do Córrego Ipiranga - São Paulo/SP. Metodologia: Foi aplicado o método de Análise Integrada da Paisagem sob uma perspectiva multitemporal. Essa análise parte de um estado inicial, em 1900, ano que se dispõe da informação mais antiga sobre a área, e, ao longo do último século, busca identificar quais as alterações dos meios físico e antrópico causaram modificações na dinâmica da paisagem. Foram definidas seis variáveis de análise: morfologia da bacia; dados pluviométricos; histórico de inundações registradas na bacia; variação do nível d\'água nos eventos de inundação; graus de impermeabilização da bacia e intervenções nos cursos d\'água. Resultados: A partir da análise integrada observou-se que as características naturais do relevo, com amplas planícies e baixa declividade, favorecem o acúmulo de água e o escoamento lento na bacia nos eventos de inundação, que são intensificados pelas modificações antrópicas. Existem duas áreas da bacia que concentram os eventos de inundação: uma em médio curso e outra na porção jusante. Foram registrados 82 eventos, no período de 1965 a julho de 2017, que totaliza 52 anos. A média é de mais de uma inundação por ano na área da bacia. Conclusões: Foram reconhecidos os limiares que pré-dispõem a ocorrência de inundações. Nas porções de médio curso e na jusante as inundações ocorrem com cerca de 20 mm de chuva. Há diferenças em relação ao acumulado de 72 horas, que na porção jusante cerca de 40mm é o limiar para a ocorrência de inundações e na porção médio curso o limiar é de cerca de 30mm. Na média de todos os eventos registrados, as chuvas de cerca de 48 mm causam inundações no Córrego Ipiranga. Esses limiares indicam que a bacia do Córrego Ipiranga tem potenciais de inundação com diferenças importantes em relação ao limiar de 72 h adotado para o Município de São Paulo, que é de 60 mm. |