Desempenho do milho consorciado com diferentes espécies de braquiárias, em Piracicaba, SP.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Tsumanuma, Guy Mitsuyuki
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-26042005-155246/
Resumo: A consorciação do milho com gramíneas forrageiras pode ser utilizada tanto para renovações de pastagens, como para a formação de cobertura morta de qualidade e longevidade para o sistema de Plantio Direto. O objetivo deste trabalho foi avaliar as interações e interferências de diferentes espécies de braquiárias no desempenho da cultura de milho, bem como determinar qual das espécies seria a mais adequada para o sistema de consórcio. O experimento foi conduzido em Nitossolo eutrófico típico, sob pivô central, em área experimental pertencente ao Departamento de Produção Vegetal da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz"/ Universidade de São Paulo, situado no Município de Piracicaba, SP. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso com sete tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos foram constituídos da combinação de três espécies de braquiárias (Brachiaria decumbens, Brachiaria brizantha e Brachiaria ruziziensis) semeadas em duas épocas (concomitantemente ao milho e quando o milho apresentava quatro folhas totalmente expandidas), acrescido de um tratamento testemunha (milho solteiro). Com relação ao milho, os resultados evidenciaram ausência de diferença estatística entre os tratamentos para as seguintes variáveis: altura de plantas; índice de área foliar; diâmetro do colmo; análise foliar; número de fileiras de grãos; número de grãos por espiga; peso de mil grãos e produtividade. Todavia, o número de folhas de milho e a sanidade de espigas foram afetados pelos tratamentos estudados. Assim, o tratamento 6 (B. brizantha semeada na quarta folha do milho) propiciou maior número de folhas em plantas de milho e a B. decumbens semeada na mesma data do milho propiciou menor taxa de grãos deteriorados na espiga em comparação ao tratamento testemunha. Com relação às braquiárias, todas as espécies semeadas na primeira época (semeadura concomitante ao milho) diferiram daquelas semeadas quando o referido cereal apresentava quatro folhas, quanto à produção de massa verde e seca. A B.decumbens e a B. brizantha, semeadas na primeira época, apresentaram maior produção de matéria seca de raiz em comparação à B. brizantha, semeada na segunda época. Após a roçagem, a produção de massa verde e seca de parte aérea das B. decumbens e B. brizantha semeadas na primeira época foi superior à produção da B. ruziziensis semeada na segunda época. A B. decumbens, independentemente da época de semeadura, apresentou maior efeito supressor de plantas daninhas. Assim, a análise e a interpretação dos resultados, permitiram concluir que a presença das braquiárias, indiferentemente à época de semeadura, não afeta o desenvolvimento e a produtividade do milho, demonstrando a viabilidade técnica de sistemas consorciados de produção. Entretanto, a presença do milho influencia negativamente o acúmulo de fitomassa das braquiárias, principalmente, quando estas são semeadas quando o milho apresenta quatro folhas. Para a formação de pastagens, as forrageiras estudadas apresentam melhor desempenho e produtividade quando implantadas na mesma data da cultura do milho. Dentre as braquiárias, destaca-se a B. decumbens pela quantidade de forragem produzida, bem como pelo efeito supressor de plantas daninhas. Entretanto, para a produção de forragem a B. brizantha apresenta resultados semelhantes a B. decumbens.