Ensaios de Montaigne: o \'Jugement\' e sua forma

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Pedroso, Sandra Pires de Toledo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-05022010-163813/
Resumo: Os Ensaios de Montaigne ainda apresentam desafios à interpretação. Na tentativa de abordá-los, procuramos nos concentrar na maneira como Montaigne constrói suas considerações e nas implicações objetivas de sentido da forma ensaio tal como ele a elabora, buscando encontrar neste nível a forma de seu próprio jugement em ato. Para tanto, selecionamos três ensaios para análise: Por diversos meios chega-se ao mesmo fim (I, 1), Da inconstância de nossas ações (II, 1) e Dos coxos (III, 11). Na análise do primeiro ensaio centramo-nos na pronunciada presença de exemplos e na curiosa dissonância entre estes e o contexto em que estão inseridos, o que permite caracterizar aspectos da relação entre autor e leitor, bem como a postura exigida deste último; no segundo, tomamos em consideração a construção sinuosa do texto e a incorporação dissimulada de trechos de Sêneca como referências que permitem compreender o sentido da crítica de Montaigne às formas tradicionais de avaliação de caráter; no terceiro, por fim, a discussão das relações entre o prólogo e o objeto específico, e entre continuidades e descontinuidades no texto, permite que se mostre a maneira como Montaigne incorpora em seu procedimento suas concepções críticas acerca do saber humano. Os resultados destas análises, bem com suas possíveis conseqüências para o restante da obra, são discutidos na conclusão.