Avaliação clínica e manejo do equílibrio na doença de Parkinson

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Capato, Tamine Teixeira da Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-09062021-141912/
Resumo: Introdução: O comprometimento do equilíbrio na doença de Parkinson (DP) melhora apenas parcialmente com a medicação dopaminérgica. Portanto, intervenções não farmacológicas, como a fisioterapia, são elementos importantes no manejo clínico. Os estímulos externos são frequentemente aplicados para melhorar a marcha, mas seus efeitos no controle do equilíbrio não são claros. Objetivos: (1) Desenvolver um protocolo de avaliação e exercícios de equilíbrio com pistas auditivas rítmicas para melhorar e manter e equilíbrio na DP; (2) realizar um ensaio clínico prospectivo, randomizado e duplo-cego para estudar a eficácia do treinamento de equilíbrio com e sem estímulos auditivos rítmicos. Métodos: Nós selecionamos 201 voluntários por telefone; 154 foram distribuídos aleatoriamente em três grupos: (1) treino de equilíbrio com pistas auditivas rítmicas (treinamento de equilíbrio multimodal); (2) treino de equilíbrio padrão sem pistas auditivas rítmicas; e (3) controle de intervenção envolvendo um programa de educacional sobre DP. O treinamento foi realizado por 5 semanas, duas vezes / semana. O desfecho primário foi a pontuação do Mini-BESTest (MBEST) imediatamente após o período de treinamento. As avaliações foram realizadas por um avaliador único, cego no início do estudo, imediatamente após a intervenção, e após 1 e 6 meses de follow-up. Resultados: Foram incluídos 154 pacientes: treinamento multimodal (n = 56); treinamento padrão (n = 50); controles (n = 48). Grupos eram comparáveis no início do estudo. Diretamente pós intervenção, o treinamento multimodal foi mais eficaz do que o treinamento padrão (p < 0,001). Os pacientes alocados para ambas as intervenções ativas melhoraram em comparação aos controles no MBEST (p < 0,001) para treinamento multimodal e (p < 0,001) para treinamento padrão. As melhorias foram mantidas no acompanhamento de um mês para ambas as intervenções ativas, mas apenas o grupo de treinamento multimodal manteve sua melhora em 6 meses. Conclusão: Tanto o treinamento multimodal quanto o treinamento padrão melhoram o equilíbrio, mas o treinamento multimodal - acrescentando pistas auditivas rítmicas à fisioterapia de rotina - tem efeitos maiores e mais sustentados