Sarcoma pleomórfico indiferenciado de partes moles: análise dos fatores de prognóstico em 42 casos em extremidades

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Maçaneiro Junior, Carlos Henrique
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5140/tde-16022023-105336/
Resumo: INTRODUÇÃO: Sarcoma Pleomórfico Indiferenciado (SPI) de tecidos moles em extremidades, é considerado neoplasia rara, correspondente hoje a 5% dos sarcomas de tecidos moles (STM). Afeta geralmente tecidos profundos dos membros inferiores, com possibilidade de gerar lesões secundárias (metástases). O objetivo é avaliar fatores prognóstico relacionados a óbito, recorrência local (RL) e com impacto na sobrevida geral. MÉTODOS: Analisados de forma retrospectiva os prontuários de 42 pacientes com SPI tratados cirurgicamente em centro único. Foram realizadas comparações entre dados demográficos, características da neoplasia e tratamento realizado e dentre as variáveis com significância estatística, realizado análise de regressão logística. Sobrevida avaliada através de gráficos de Kaplan-Meier e para comparar o efeito das variáveis sobre a sobrevida teste de Log-Rank. RESULTADOS: Faixa etária dos pacientes entre 25 e 85 anos (média 58 anos), com seguimento ambulatorial médio de 29,6 meses. Todos considerados de alto grau histológico conforme os critérios da French Federation of Cancer Centers (FNCLCC). Cinco pacientes apresentaram margens cirúrgicas comprometidas (12%), 6 RL (14%) e 31 (74%) metástases à distância, sendo 8 com comprometimento linfonodal (19%). As variáveis com maior relação com o desfecho óbito foram tamanho maior que 15 cm (T4) com p = 0.01, apresentar lesões metastáticas e estágio de prognóstico da American Joint Committee of Cancer (AJCC) IV com p < 0,001. Através de análise regressão logística foi identificado que metástases e estágio IV AJCC apresentam maior efeito sobre o desfecho óbito. Com relação a RL, nenhuma variável estudada apresentou relevância estatística. A sobrevida média dos pacientes foi de 25,9 meses. Presença de metástase e estágio IV AJCC associados com uma redução na sobrevida dos pacientes (17.8 meses) com teste de Log-Rank p < 0,001. CONCLUSÃO: Os principais fatores de mau prognóstico relacionados ao óbito são o tamanho da lesão (maior que 15 cm), doença metastática e estágio IV da AJCC. Em termos de sobrevida, doença metastática e estágio IV da AJCC também apresentam influência, reduzindo o tempo de vida médio desses pacientes. As principais adversidades encontradas na realização de estudos de prognóstico estão vinculadas principalmente às questões estruturais de cada centro e devem ser avaliadas criteriosamente durante o período de planejamento