Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Bottino, Sara Mota Borges |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5137/tde-10092009-162123/
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Resumo: |
O diagnóstico de câncer é uma experiência traumática que pode precipitar sintomas do Transtorno de Estresse Pós Traumático TEPT. São poucos os estudos que avaliaram a prevalência e o impacto do TEPT na qualidade de vida de mulheres com câncer de mama, antes do início dos tratamentos. Este trabalho teve como objetivos estimar a prevalência e o impacto dos sintomas do TEPT Agudo na qualidade de vida de mulheres recém diagnosticadas com câncer de mama, investigando as variáveis sócio-demográficas e clínicas associadas ao TEPT. Foi realizado um estudo do tipo corte transversal no Centro de Referência da Saúde da Mulher Hospital Pérola Byington. Os sintomas de TEPT foram avaliados com a Post-Traumatic Stress Disorder Checklist- Civilian Version, os sintomas de Ansiedade e Depressão com a Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão, e a Qualidade de Vida com o SF-36. Comparamos as variáveis sócio-demográficas e clínicas nas mulheres com TEPT, TEPT Subsindrômico e sem TEPT. Foi feita uma análise de co-variância, com comparação pos-hoc pelo método de Tukey, para avaliar o impacto do TEPT sobre a qualidade de vida. Identificamos que 81% das mulheres apresentaram ao menos um sintoma de estresse pós-traumático clinicamente significativo, 17,9% tinham sintomas de TEPT e 24,5% de TEPT subsindrômico. As características sóciodemográficas e estadiamento do câncer não estavam associadas ao TEPT. História de tratamentos psiquiátricos mostrou uma tendência de associação (p<0,056), enquanto os escores das escalas de ansiedade e depressão estavam significativamente associados ao TEPT (p<0,001). Pacientes com TEPT tinham prevalência de Ansiedade seis vezes maior (Razão de Prevalência - RP = 6,56), e de Depressão quatorze vezes maior (RP = 14,41), do que as pacientes sem TEPT. As mulheres com TEPT e TEPT subsindrômico apresentaram os piores escores em todos os domínios da qualidade de vida, comparadas àquelas sem TEPT, mesmo controlando para a influência das variáveis sócio-demográficas e clínicas. Os domínios Capacidade Funcional e Aspecto Social estavam significativamente reduzidos nas mulheres com TEPT e com TEPT subsindrômico comparados ao grupo sem TEPT (p < 0,05) quando adicionamos no modelo os sintomas de ansiedade e depressão. Os sintomas de TEPT foram prevalentes e repercutiram negativamente na qualidade de vidas das mulheres recém diagnosticadas com câncer de mama, sugerindo que a avaliação destes sintomas nessa fase da doença é importante, pelas possibilidades de intervenção precoce. |