Ansiedade, Depressão, Estresse e níveis de cortisol capilar em trabalhadores de enfermagem do serviço hospitalar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Bardaquim, Vanessa Augusto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-07082019-182114/
Resumo: Analisar as características do trabalho realizado por trabalhadores de Enfermagem atuantes na área hospitalar e a relação com a presença de Ansiedade, de Depressão e de Estresse, assim como, com o cortisol capilar. Método: Estudo descritivoanalítico, transversal, com abordagem quantitativa, desenvolvido no município de São Carlos (SP), com 164 profissionais da equipe de enfermagem da área hospitalar, entre eles auxiliares, técnicos de enfermagem e enfermeiros, que trabalhavam nos setores Unidade de Internação, Urgência e Emergência, Unidade de Terapia Intensiva Adulto, Unidade Coronariana e o Isolamento. Os dados foram coletados por meio de instrumento semiestruturado de autopreenchimento destinado a caracterizar a população e, também, por dois outros instrumentos: a Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão e a Escala para Avaliação do Estresse Percebido. Realizada a coleta de amostras de cabelos dos participantes por meio do kit Diasource específico para Cortisol ELISA (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay - KAPDB290). A pesquisa foi previamente aprovada por Comitê de Ética em Pesquisa, protocolo CAAE: 55839216.5.0000.5393. A prevalência de depressão tomada como base para o cálculo amostral foi assumida como desconhecida, o valor de prevalência de 50%, que resulta em um tamanho amostral que contemple qualquer valor de P. O programa do cálculo amostral foi o R versão 3.1.2. Os testes estatísticos utilizados para a realização das análises foram o Pearson Chi-Square, Qui-quadrado, Coeficiente de Correlação de Spearman-?, Mann-Whitney e Kruskal Wallis. Resultados: Por meio das análises descritivas (n=164) constatou-se que a maioria dos entrevistados é constituída por técnicos de enfermagem (62,19%), do sexo feminino (80,49%), com idade entre 31 a 50 anos (57,93%), casados/com companheiro (44,51%), efetivos, atuando na profissão entre 0 a 10 anos (76,22%), trabalhando em unidades de internação (48,17%), no turno diurno (52,44%), aos finais de semana (93,9%), não tabagistas (81,7%) e nem consumidores de bebidas alcoólicas (60,4%). Em relação ao cortisol (n=161), 47,8% mostraram nível acima do normal; 23,8% apresentam estresse moderado, 20,1% estresse alto e 12,8% estresse muito alto; já 44,51% apresentaram Ansiedade e 24,39% Depressão. Segundo os testes estatísticos, os níveis de cortisol não influenciaram no Estresse percebido, pois não houve diferença no seu total, tanto para os trabalhadores que apresentam ou não Ansiedade. Não houve diferenças estatísticas entre os setores hospitalares das áreas críticas e não críticas e também nos níveis de Estresse, de Ansiedade e de Depressão entre as categorias de trabalhadores. Conclusão: As hipóteses foram parcialmente confirmadas, pois ocorreram alterações nos níveis do cortisol capilar, que estavam acima do recomendado. O estudo trouxe contribuições importantes relacionados ao biomarcador cortisol capilar, ao Estresse, à Ansiedade e à Depressão. Instituições hospitalares deveriam oferecer programas com intervenções na área ocupacional e medidas preventivas para amenizar alterações de saúde mental nos trabalhadores de enfermagem