A importância das peptidases parasitárias no fornecimento de aminoácidos em promastigotas de Leishmania (Leishmania) infantum

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Ferrão, Thiago Fidelis
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5179/tde-29102020-182811/
Resumo: A leishmaniose visceral (LV) é uma doença amplamente distribuída no Brasil e no mundo, com alta morbidade e mortalidade. No Brasil, é causada pela espécie Leishmania (L.) infantum com transmissão vetorial através de fêmeas de Lutzomyia longipalpis. O parasito apresenta duas formas em seu ciclo de vida, as promastigotas presentes em insetos vetores e as amastigotas, presentes em células de mamíferos. A nutrição do parasito depende de aminoacidos obtidos por interações com o hospedeiro. Diferentes peptidases já foram documentadas no gênero Leishmania, com quatro grupos de acordo com o sitio ativo. Neste trabalho, avaliamos o papel de peptidases parasitárias em processos nutricionais na sobrevivência e multiplicação de promastigotas de L .(L.) infantum. Promastigotas foram cultivadas em meio padrão (MP199). O número de promastigotas foi acompanhado diariamente, e no 3 dia de permanencia em cultura os parasitos e o meio foram analisados em relação a sua composição. Os dados obtidos foram utilizados como referência para padronização das técnicas analíticas posteriormente empregadas nos parasitos obtidos de meios ricos em aminoacidos livres (MRA) e rico em proteina (MRP) e seus sobrenadantes de cultura. A comparação entre os parasitos mantidos em MRA e MRP demontrou uma maior concentração de proteinas em MRP 26,22 Micro Gramag/mL em relação a MRA 10,71 Micro Grama/mL. As alterações morfológicas mostraram maior espessamento de glicocálice em promastigotas com maior atividade proteolítica obtidas de MRP, detectada com substratos proteicos marcados com fluorocromo FITC. Os dados aqui obtidos sugerem que as peptidases parasitárias têm atividades nutricionais e meios contendo proteínas em sua composição levam a alterações parasitarias induzindo a ação de peptidases e modificações da superfície do parasito para permitir maior facilidade do processamento destas moléculas e aquisição de aminoácidos, uma visão diferente da função destas enzimas possibilita um melhor entendimento do metabolismo parasitário e sua disponibilidade como alvo de novas drogas