Acolhimento institucional na assistência à infância: reflexões a partir da experiência de um abrigo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Guedes, Carina Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-20082013-160003/
Resumo: Tendo como referência o trabalho desenvolvido em uma instituição de acolhimento para crianças e adolescentes, esta pesquisa faz uma reflexão sobre o cotidiano desses serviços a partir da discussão sobre o lugar no discurso social em que são colocadas as crianças e suas famílias, bem como a instituição e seus agentes. É realizada uma retomada histórica das práticas de assistência à infância, bem como uma contextualização do acolhimento institucional no âmbito político-jurídico e de sua situação atual no Brasil e em São Paulo, de modo a problematizar como esse contexto atravessa a prática diária. A hipótese trabalhada é de que os diversos momentos do cotidiano dessas instituições são constituídos por modelos de práticas que formaram a assistência à infância a caritativa, a filantrópica e a do Estado de Bem-Estar Social-, cada uma atribuindo, em seu discurso, posições e funções específicas às famílias e aos agentes institucionais. A partir de cenas desse dia a dia, é discutida essa hipótese, à luz da psicanálise, de modo a pensar nas implicações subjetivas dessas diferentes posições discursivas, tendo como eixo as relações de reconhecimento, bem como suas fricções. O conceito de narcisismo e a noção freudiana de Inquietante (Unheimlich) ganham destaque nessa análise ao auxiliarem na compreensão dos afetos e complexidades envolvidos nas relações de alteridade desse campo. A partir dessas discussões, procura-se apontar para alguns eixos pelos quais pode se orientar o fazer psicanalítico nessas instituições, ressaltandose a importância da consideração da singularidade, bem como dos impossíveis desse trabalho