Portugal de Lobo Antunes: uma terra em trânsito

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Casemiro, Charles Borges
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8150/tde-27082019-092354/
Resumo: O presente trabalho busca analisar, compreender e explicar, sob a perspectiva de uma crítica marxista e de uma teoria estruturalista genética, a itinerância da voz narrativa de António Lobo Antunes (GOMES, 1993; SEIXO, 2001) na construção de uma forma contemporânea para o romance histórico português. Para tanto, apresenta o romance de Lobo Antunes como partícipe de uma poética do romance histórico português contemporâneo e, nesse sentido, como forma narrativa dinâmica (LUKÁCS, 2011/1.ed.1955; GOLDMANN, 1972; JAMESON, 2007; ANDERSON, 2007; EAGLETON, 2006; WATT, 2010) relacionada, dialeticamente, às condições históricas, geográficas e sociais impostas pela colonialidade portuguesa (WALLERSTEIN, 1983; QUIJANO, 2002; BRAUDEL, 2009; GROSFOGUEL, 2008), materializada, esteticamente, a partir de dois eixos construtivos: de um lado, a partir da mobilização e da ressignificação de recursos estéticos legados pelas vanguardas modernistas e, de outro lado, a partir da vocação para problematização das identidades e do pertencimento lusos. Esta proposição é demonstrada com uma análise compreensiva e uma explicação estruturalista genética da poética desenvolvida por Lobo Antunes para o romance histórico português contemporâneo e a sua aplicação na conformação de duas de suas obras epigonais: As Naus (1988) e Comissão das Lágrimas (2011).