Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Pires, Isabela Cristina Gomes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/64/64135/tde-20052022-114859/
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Resumo: |
O solo é um recurso natural essencial à vida e é impactado pela atividade humana. Mais de 60% das emissões dos gases de efeito estufa (GEE) no Brasil estão relacionadas à mudanças no uso da terra e à agricultura. Neste sentido, a compreensão sobre a função do solo como dreno ou fonte de GEE relacionado aos diferentes sistemas de manejo é a base para subsidiar práticas sustentáveis no setor agrossilvipastoril, principalmente, em regiões de novas fronteiras agrícolas, como o Cerrado no leste maranhense. Assim, este estudo avaliou a emissão dos GEE (CO2, N2O e CH4) e as alterações no armazenamento de carbono (C) do solo em diferentes sistemas de manejo para a produção de soja. O estudo foi conduzido entre jul/2018 a jun/2019 no município de Brejo (MA), avaliando os seguintes sistemas de manejo: i) Sistema Plantio Convencional (SPC); ii) Sistema Integrado Lavoura-Pecuária com uma rotação de braquiária (ILP1), iii) Sistema Integrado Lavoura-Pecuária com duas rotações de braquiária (ILP2) e uma área referência sob Vegetação Nativa de Cerrado stricto sensu (VN). Os fluxos dos GEE foram coletados em câmaras estáticas e as concentrações determinadas por cromatografia gasosa; os estoques de C do solo foram obtidos de amostras indeformadas coletadas nas camadas do solo de 0-20 e 20-40 cm, nas quais foram determinadas a densidade aparente e a concentração de C por combustão seca em analisador elementar. A emissão acumulada de N-N2O foi maior no sistema ILP2 comparado aos demais sistemas avaliados, entretanto, não se verificou diferença estatística para a emissão de C-CO2 e de C-CH4. O estoque de carbono do solo foi de 47, 51 e 52 Mg ha-1 para o SPC, ILP1 e ILP2, respectivamente, na camada do solo de 0-40 cm. As taxas de acúmulo de C foram negativas no SPC, com perdas anuais de 0,20 Mg ha-1 ano-1, enquanto que a ILP1 e a ILP2 apresentaram acúmulo de 0,47 e 0,38 Mg ha-1 ano-1 respectivamente. Em termo de emissões líquidas de GEE pelo solo, a ILP1 apresentou o maior sequestro de C pelo solo de 0,47 Mg ha-1 ano-1 em Cequivalente (Ceq) seguida da ILP2 (0,31 Mg de Ceq ha-1 ano-1) e no SPC houve emissão líquida de GEE de 0,22 Mg de Ceq ha-1 ano-1. Considerando que das áreas utilizadas para produção agropecuária no Maranhão, somente 1,4% estão ocupadas com sistemas integrados de produção, a adoção da ILP nas condições edafoclimáticas da região representa um potencial de dreno de C atmosférico em relação ao SPC e contribui para a mitigação global de GEE pelo solo |