Do financiamento à financeirização: a reestruturação do espaço pelos Fundos de Investimento Imobiliário em São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Nakama, Vinicius Kuboyama
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16139/tde-20122023-172501/
Resumo: Esta dissertação se insere no debate sobre a aproximação do setor imobiliário e do mercado de capitais na produção do espaço urbano. Em especial, aborda essa proximidade a partir de um instrumento específico, o Fundo de Investimento Imobiliário (FII). Embora institucionalizado no início da década de 1990, o FII demonstrou um impetuoso crescimento a partir de 2008, consagrando-se como um meio relevante na mobilização de recursos no mercado de capitais para inversão no imobiliário. Visto que a produção do espaço é um movimento de absorção de capitais que permite a reprodução do próprio capital, busca-se compreender como o fundo imobiliário reestrutura o espaço metropolitano de São Paulo região que concentra o maior número de propriedades geridas por FIIs no país. Para tal, sustenta-se que, na figura do FII, as características espaciais resultantes do processo de urbanização capitalista moderna o homogêneo, fragmentado e hierarquizado se radicalizam. O trabalho territorializa as propriedades detidas por FIIs na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) e demonstra o movimento do financiamento à financeirização que instrumento permite sintetizar. Apesar de o FII ter sido inicialmente concebido como um meio de financiamento do setor imobiliário, na atualidade ele impõe práticas e lógicas de rentabilização da propriedade que, por sua vez, são mediadas por formas fictícias de capital.