Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Santos Neto, Evandro José dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8149/tde-10022023-202110/
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Resumo: |
A literatura produzida por Jorge Amado na década de 1930 é reconhecidamente marcada por seu engajamento político e ideológico. Para além do projeto de denúncia social que marcou vários escritores brasileiros nesse período, o processo de composição do autor é orientado pelos pressupostos formais da chamada \"literatura proletária\", o que aproxima suas obras da produção que se convencionou chamar de \"romance proletário\". Assim, o objetivo desta pesquisa é verificar em que medida esses pressupostos influenciaram as primeiras obras do romancista baiano - quais sejam: Cacau, Suor e Jubiabá -, considerando as possíveis limitações derivadas de um método importado e ajustado à realidade brasileira, sem perder de vista os impasses provocados pela rigidez e pelo esquematismo do gênero. No procedimento formal desses romances, o consórcio de elementos tributários de aspectos do método descritivo naturalista, da literatura proletária e da literatura popular comparece como fatores que estruturam as narrativas, conferindo à representação dos problemas sociais abordados um caráter multifacetado. O percurso de análise e interpretação revela que, entre as fissuras do modelo e da perspectiva idealizada do autor, a forma capta, com variantes, as contradições da sociedade brasileira, assentadas também em um processo falhado de modernização, engendrando, dessa forma, a revolta de homens e mulheres contra a subalternização e a exploração. |