Doces modinhas pra Iaiá, buliçosos lundus pra Ioiô: poesia romântica e música popular no Brasil do século XIX

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Silva Junior, Jonas Alves da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8149/tde-23082007-135330/
Resumo: A dissertação versa sobre as relações entre poesia e música no século XIX, bem como sobre a produção poético-musical resultante dessa união. O argumento central é o de que os poetas românticos foram colher inspiração no medievalismo europeu na só para a construção de uma mitologia nacional (indianismo), mas também para a concepção de uma arte única, pautada por essa aliança entre poesia e música nos moldes trovadorescos. Essa conexão foi além da musicalidade implícita na poética do período. Alguns românticos, tal como os trovadores, buscaram integrar as duas artes a partir de poemas escritos especialmente para serem musicados e apresentados em circunstâncias performáticas. Assim, nasceu, no Brasil, a parceria: um poeta produzindo a letra e um compositor musicando-a. A prática de fundir essas duas manifestações artísticas num todo único iniciada pelos trovadores teve continuidade em alguns poetas românticos, principalmente os que freqüentaram a tipografia do editor Paula Brito, fundador da conhecida Sociedade Petalógica do Rossio Grande. Das reuniões dessa sociedade resultaram diversos poemas musicados em forma de modinha ou lundu, examinados aqui de modo a evidenciar os temas recorrentes, bem como as imagens e metáforas musicais neles presentes. Essa aliança trouxe popularidade e novo alento, tanto para a música popular, quanto para a poesia brasileira que encontrou nessa aliança um meio de difusão que suprisse a carência de um público letrado.