Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Amaral, Eduardo Tadeu Roque |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8145/tde-29092008-164829/
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Resumo: |
O objetivo principal desta tese é apresentar uma análise dos diferentes usos de antropônimos (nomes próprios de pessoa) em textos do espanhol escrito contemporâneo. Primeiramente, são discutidas questões relacionadas ao sentido e à referência, retomando-se teorias clássicas sobre os nomes próprios desenvolvidas a partir do século XIX principalmente por lógicos e filósofos: a teoria descritivista ou teoria do sentido e a teoria referencial direta ou teoria causal. Já no âmbito dos estudos gramaticais, são expostos alguns pressupostos de Kleiber (1981), com ênfase nas idéias sobre predicado de denominação e nomes próprios modificados, as quais servem de base para diversos trabalhos de lingüistas contemporâneos que se dedicam ao tema (Fernández Leborans, 1999a; Gary-Prieur, 1994; Gary-Prieur, 2001; Jonasson, 1994; Leroy, 2004; entre outros). Também são comentadas diferentes propostas de classificação dos nomes próprios. Essa exposição teórica possibilita apresentar definições importantes para a análise como a de antropônimo, referente e uso referencial ordinário do antropônimo. Para alcançar o objetivo inicialmente proposto, foi utilizado um corpus constituído pelos textos da seção Entretenimientos (Espectáculos) publicados na página web do jornal argentino La Nación durante o mês de julho de 2005. Devido aos problemas que o uso do termo nome próprio modificado acarreta conforme já apontado por trabalhos recentes (Gary-Prieur, 2005; Kleiber, 2006; Noailly, 2000) , a análise o abandona e, partindo de critérios semânticos (principalmente relativos à referência), mas sem ignorar os sintáticos, são identificados três grupos de usos antroponímicos, cujas ocorrências são apresentadas em um contínuo referencial que toma por base a referência ao indivíduo portador do nome próprio. No primeiro grupo, estão os casos em que o referente do SN antroponímico se identifica com o portador inicial do antropônimo. No segundo, aqueles em que o SN antroponímico não corresponde com o portador inicial, mas mantêm com este uma relação que pode surgir a partir de propriedades ou produtos seus. No terceiro grupo, já saindo dos casos autênticos de antropônimos, enquadram-se as ocorrências em que o referente discursivo do SN não mantém nenhuma relação com o indivíduo portador do nome próprio. Além de oferecer uma nova classificação para os usos dos antropônimos, este trabalho revê a noção de nome próprio modificado, postula um uso próprio do antropônimo relacionado à nomeação e comprova que uma análise de nomes próprios deve considerar toda a diversidade sintática e semântica das construções em que ocorrem. |