Estudo da espermatogênese e maturação espermática em cães Senis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Brito, Maíra Morales
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10131/tde-16072021-100337/
Resumo: Estudos mais aprofundados dos processos de espermatogênese e maturação epididimária durante a senescência na espécie canina são necessários, permitindo elucidar as características patológicas do ejaculado de cães em idade senil. O presente estudo tem como objetivo comparar entre cães jovens e senis as características vasculares, hemodinâmicas, biométricas e ecogênicas do parênquima testicular e epididimário; a expressão dos receptores de LH, estrógeno e andrógeno no testículo e nos três segmentos epididimários; a morfo-funcionalidade dos espermatozoides provenientes dos três segmentos epididimários e as diferenças histo-morfológicas do parênquima testicular e epididimário. Foram selecionados dez cães jovens em maturidade reprodutiva (1 a 4 anos) e oito cães senis (acima de 7 anos), de diferentes raças, pesando entre 10 e 40 kg, constituindo dois grupos experimentais: Grupo Jovem e Grupo Senil. Os animais foram avaliados por ultrassonografia escrotal bidimensional, Doppler espectral da artéria testicular e Doppler colorido dos testículos e epidídimos. Após orquiectomia, a expressão dos receptores de andrógeno, LH e estrógeno foi avaliada no parênquima testicular e epididimário por meio das técnicas de RT-PCR e imunohistoquímica. Ainda, espermatozoides foram colhidos dos três segmentos epididimários (cabeça, corpo e cauda) e avaliados quanto a motilidade, concentração, morfologia, integridade de membranas acrossomal e plasmática, função mitocondrial e condensação da cromatina espermática. Para análise estatística, foi realizado teste T de Student ou Wilcoxon para comparação entre os grupos e os dados de RT-PCR foram analisados pelo procedimento MIXED, considerando-se P<0,05 para diferenças significativas. O grupo Jovem apresentou maior velocidade de fluxo sanguíneo e menor índice de pulsatilidade na artéria testicular, bem como maior vascularização do parênquima testicular em relação ao Grupo Senil. Os animais senis apresentaram padrão de expressão testicular e epididimário dos receptores de andrógeno, LH e estrógeno alfa distinto dos cães jovens. Não foi constatada a expressão do receptor de estrógeno beta nos testículos e epidídimos de cães. Cães senis apresentaram alterações de concentração espermática, porcentagem de defeitos espermáticos, padrão de motilidade, lesão de membranas plasmática e acrossomal, potencial e atividade mitocondrial e condensação de cromatina dos espermatozoides. Como conclusão, a senescência na espécie canina altera a hemodinâmica da artéria testicular e vascularização dos testículos, sem modificar a biometria e ecogenicidade testicular e epididimária. Ademais, há modificação na expressão diferencial dos receptores hormonais (andrógeno, estrógeno alfa e LH), influenciando o ambiente testicular e epididimário e, por consequência, prejudicando a espermatogênese e maturação espermática no trajeto epididimário, culminando em alterações morfo- funcionais dos espermatozoides em cães.