Torção testicular: Técnica cirúrgica modificada para o implante intravaginal imediato de prótese testicular
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia e Ciências Cirúrgicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22335 |
Resumo: | A torção do cordão espermático ou torção testicular é uma emergência urológica que atinge, anualmente, cerca de 4,5 a cada 100.000 homens até 25 anos. A incidência da doença é bimodal, costuma ocorrer no período neonatal e, mais comumente, no puberal. O tratamento é cirúrgico e deve ser realizado o mais breve possível, pois quando realizado em tempo hábil, há destorção e salvamento do órgão torcido e, quando postergado, a orquiectomia (retirada cirúrgica do testículo) é o desfecho comum. Muitas dúvidas e incertezas estão relacionadas ao tratamento ideal da torção de testículo e uma delas é a definição do melhor momento para o implante de prótese testicular. O objetivo do estudo é, propor uma nova técnica para o implante intravaginal imediato (no mesmo tempo cirúrgico da orquiectomia), analisar e comparar seus resultados com os do implante tardio. Além disso, analisar o grau de satisfação dos pacientes com o implante testicular. Para tal, 25 pacientes foram incluídos e divididos em 2 grupos; quinze pacientes foram submetidos ao implante imediato da prótese testicular com a nova técnica proposta e 10 tiveram a prótese implantada por via inguinal entre 6 e 12 meses depois da orquiectomia. Os implantes utilizados foram doados pela empresa Silimed® e se caracterizam por próteses de elastômeros de silicone de superfície lisa preenchidas por gel de silicone. No seguimento ambulatorial, que se deu com o mínimo de 4 consultas nos dias 15, 45, 90 e 180 de pós-operatório, o processo de cicatrização foi clinicamente classificado de acordo com o Southampton Wound Score System. Ao término do seguimento ambulatorial, os pacientes responderam a questionário para estimar o grau de satisfação com os implantes. Para a análise estatística foi utilizado o programa IBM SPSS na versão 2.0. O teste T-student foi utilizado para análise quantitativa dos dados (p<0,05) e o teste chi-quadrado para analisar as associações entre as variáveis categóricas entre os grupos do implante tardio e imediato. A média de idade da amostra foi de 16,44 anos e o tempo médio entre o início dos sintomas e a orquiectomia foi de 7,92 dias. No dia 15 de pós-operatório, 72% de todos os pacientes estavam com cicatrização normal. No dia 45, 88% dos pacientes tinham cicatrização normal. No grupo do implante tardio houve 1 extrusão de prótese 60 dias após sua colocação e o paciente foi excluído de futuras análises estatísticas. Com 90 dias de pós-operatório 95,8% dos pacientes tinham cicatrização normal. Com 180 dias após o implante, todos os pacientes estavam com cicatrização normal. O estudo demonstrou então, que a nova técnica cirúrgica proposta para o implante foi segura, que o grau de satisfação dos pacientes é semelhante em ambos os grupos e que, mesmo quando há extrusão da prótese não há quadro que ameace a vida do paciente ou que comprometa o desejo de ter a prótese implantada novamente |